A presidente em exercício da Bolívia, Jeanine Áñez, nomeou um gabinete de emergência na noite desta quarta-feira, com apenas doze ministros de 20 possíveis. A chefe de Estado interino também nomeou um novo Alto Comando Militar, em um de seus primeiros atos após tomar posse.
Áñez incluiu entre os ministros alguns senadores do próprio partido, Unidade Democrata, que faz oposição à maioria representada pelo Movimento ao Socialismo (MAS), do ex-presidente Evo Morales.
Para o posto de ministra das Relações Exteriores, Áñez designou a professora e diplomata de carreira Karen Longaric. O advogado Jerjes Justiniano será o ministro da Presidência. O Ministério de Governo será ocupado pelo senador de seu partido Arturo Murillo. Já o de Defesa será liderado por Luis Fernando López.
O Ministério das Comunicações ficará a cargo da jornalista Roxana Lizárraga, o do Meio Ambiente será comandado pela ex-parlamentar María Elba Pinckert, e o de Justiça terá como ministro Álvaro Coimbra.
José Luis Parada é o novo ministro da Economia. O ex-senador Yerko Núñez liderará a pasta de Obras Públicas. Samuel Ordóñez ficará responsável pelo Ministério do Desenvolvimento Rural, enquanto Álvaro Guzmán tocará o de Energia.
Nenhuma autoridade indígena aparece entre as nomeações. A presidente interina deixou pendentes outras pastas como as de Hidrocarbonetos, Planejamento, Educação, Saúde, Trabalho e Cultura.
Alto Comando Militar
Em cerimônia realizada na sede do governo em La Paz, onde não eram celebrados atos oficiais desde agosto de 2018, a nova presidente também empossou o general do Exército Carlos Orellana como comandante das Forças Armadas.
Além de Orellana, o general Iván Patricio Rioja assumiu o comando do Exército, o general Ciro Orlando Álvarez Armada passou a controlar a Força Aérea Boliviana e o contra-almirante Moisés Orlando Mejía Heredia é o novo encarregado da Marinha.
Embora o Estado boliviano seja laico, um crucifixo e duas velas foram posicionados ao lado da Constituição da Bolívia na cerimônia de posse. No momento da posse, o novo comandante das Forças Armadas, Carlos Orellana, pediu “calma a toda a população da Bolívia”.
(Com EFE)