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Biden faz primeiro discurso como candidato: ‘hora dos ricos pagarem mais’

Candidato discursou na Convenção Democrata na noite desta quinta-feira 20

Por Ernesto Neves Atualizado em 21 ago 2020, 00h25 - Publicado em 21 ago 2020, 00h00
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  • Na quarta e última noite da Convenção do Partido Democrata, o senador Joe Biden, 77 anos, aceitou oficialmente concorrer à presidência dos Estados Unidos. Biden fez um discurso em que apela ao eleitorado de centro e de esquerda do Partido democrata, assim como os republicanos que desejam romper com a administração de Donald Trump. “O presidente atual deixou o pais no escuro por muito tempo. Dou minha palavra, se me levarem à presidência, serei uma fonte de luz, não de escuridão”, disse Biden ao abrir o pronunciamento.

    O dia, por sinal, não poderia ser mais positivo para a candidatura de Biden. Também nesta quarta, foi preso Steve Bannon, responsável pelo marketing eleitoral de Trump nas eleições de 2016. Bannon foi acusado de desviar 1 milhão de dólares em uma campanha de arrecadação organizada para a construção do muro que separa os Estados Unidos do México. No total, a campanha levantou 25 milhões de dólares. Ele foi solto no início da noite, após pagar fiança.

    Com 50 anos de carreira política, Biden afirmou ser o único candidato capaz de unir os Estados Unidos, hoje altamente polarizados. E destacou sua dura narrativa pessoal como diferencial. Biden é um dos senadores com menor patrimônio do Congresso. Também conseguiu se reerguer após perder sua primeira mulher, Neilia e uma filha. Em 2015, ele uma nova tragédia: a morte de um filho vítima de câncer no cérebro.

    Veja abaixo os principais trechos do discurso:

    “De luz às pessoas. São palavras para o nosso tempo. O presidente atual deixou o pais no escuro por muito tempo. Dou a minha palavra: se me levarem à presidência, serei uma fonte de luz, não de escuridão”.

    “Podem estar certos: unidos, podemos e vamos superar esse momento na America. É uma honra e com muita humildade eu aceito essa indicação”.

    “Vou trabalhar muito duro para quem não me apoiou. Esse é o trabalho de um presidente. A América não é só uma coleção de estados vermelhos e azuis. Somos melhores que isso”.

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    “Estamos enfrentando quatro crises históricas: pandemia, crise econômica, clamor por justiça racial e as inegáveis ameaças da mudança climáticas. É uma tempestade perfeita. Estamos prontos para mudar? Sim, precisamos estar”

    “Toda eleição é importante. Mas essa é ainda mais. Chegamos a um ponto de inflexão. Tempos de perigo, e também de oportunidades extraordinárias. Podemos escolher um caminho diferente, um caminho de reformar, unir. Isso vai determinar o que os Estados Unidos serão no futuro. A decência, a ciência, o caráter. Tudo isso está em jogo”.

    “Não precisa de muita de muita retórica. Apenas julguem pelos fatos: 170 mil mortos, 5 milhões de infectados, 15 milhões de desempregados, mais de 10 milhões sem plano de saúde, uma em cada seis pequenas empresas fechando”.

    “Trump não entendeu que nunca teremos a economia de volta até que tenhamos lidado com esse vírus. A tragédia é que não precisaríamos estar tão mal. Não está sendo assim no Canadá, no Japão. E o presidente continua a dizer que espera por uma solução mágica”.

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    “Nosso presidente atual falhou no seu dever mais básico: nos proteger. E isso é indesculpável”.

    “Eu não quero punir ninguém. Mas já passou o tempo dos que mais ganham ficarem isentos de impostos. É hora dos ricos pagarem mais. É preciso contribuir mais com seguridade social, com o programa Medicare. Se eu for eleito, isso vai mudar”.

    Assista abaixo ao discurso de Biden

    Nascido em 1942 em Scranton, na Pensilvânia, Joseph Robinette Biden Jr. mudou-se para Delaware em 1953. Fez carreira política no estado, elegendo-se ao Senado pela primeira vez em 1973. Ele foi reeleito outras seis vezes consecutivas.

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    Eleito senador em 1972, Biden enfrentou naquele ano a primeira tragédia de sua vida. Ao voltar das compras de Natal, a mulher, Neilia, de 30 anos, e a filha mais nova, Naomi, de 1 ano, morreram após o carro em que estavam bater.  Os outros dois filhos, Joseph Beau, de 3, e Robert Hunter, 2, ficaram feridos, mas sobreviveram. 

    Em 1977, Biden casou-se novamente, desta vez com Jill Tracy, uma professora de inglês. Os se conheceram num encontro às cegas organizado pelo irmão de Joe Biden. Jill manteve suas aulas mesmo no período em que o marido foi vice de Barack Obama, entre 2009 e 2016. 

    Na noite da última quarta-feira 19, Obama fez um duro discurso na Convenção Democrata. Ele culpou o atual mandatário, Donald Trump, pelas 170.000 mil mortes por coronavírus no país. “Deveríamos esperar que ele fosse o guardião dessa democracia, independentemente de seus valores, do seu ego. Isso nunca aconteceu”, disse Obama. “Trump não cresceu nesse trabalho. E as consequências de sua irresponsabilidade são severas. Temos 170 mil mortos, milhões de postos de trabalho perdidos. E quem está la em cima vem ganhando mais do que nunca”, afirmou.

    Kamala Harris, vice na chapa de Biden, apelou para a necessidade do voto feminino. Nos Estados Unidos, o voto é opcional. Kamala, inclusive, fez alusão às acusações de assédio sexual que pesam contra Trump. “Já lutei por crianças e sobreviventes de violência sexual. Eu lutei contra gangues internacionais. Conheço um predador quando vejo um”, disse.

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