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Biden doará 25 milhões de doses de vacina e Brasil será beneficiado

Brasil está entre os primeiros países beneficiados pelas doses doadas ao Covax, programa global de ajuda a nações mais pobres

Por Da Redação Atualizado em 3 jun 2021, 14h52 - Publicado em 3 jun 2021, 14h49

A administração de Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, 3, quais países receberão as primeiras 25 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 doadas pelos EUA para ajudar as nações de baixa e média renda a combater a pandemia. O Brasil está entre as nações que receberão carregamentos. 

Os Estados Unidos vão encaminhar cerca de 19 milhões de doses – cerca de 75%  – por meio do programa global de ajuda a vacinas Covax, segundo a Casa Branca. O governo Biden enviará os 25% restantes das doses diretamente para países específicos.

O anúncio da Casa Branca vem após meses de debate dentro do governo sobre o estoque de imunizantes, apesar do enfraquecimento da demanda dos EUA e do crescente excedente de doses. As autoridades também lutaram para priorizar os pedidos de vacinas de mais de quatro dezenas de países em meio ao aumento de infecções e mortes em todo o mundo.

“Estamos compartilhando essas doses não para garantir favores ou obter concessões”, disse o presidente Joe Biden em um comunicado na quarta-feira. “Estamos compartilhando essas vacinas para salvar vidas e para liderar o mundo no fim da pandemia, com a força do nosso exemplo e com os nossos valores.”

A doação virá do estoque dos EUA de vacinas Johnson & Johnson, Pfizer e Moderna. Das doses destinadas à Covax, seis milhões irão para países da América do Sul e Central, entre eles Brasil, Paraguai e El Salvador. Sete milhões de doses serão enviadas para países asiáticos, incluindo Índia, Nepal, Paquistão e Filipinas. 

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Outros 5 milhões de doses irão para países africanos que serão selecionados em coordenação com a União Africana. Os EUA também enviarão um total de 6 milhões de doses diretamente para aliados e “prioridades regionais”, incluindo México, Canadá, Cisjordânia e Gaza, Ucrânia, Egito e Iraque, disse a Casa Branca.

Biden disse no final de abril que os EUA enviariam 60 milhões de doses da vacina da AstraZeneca para o exterior até 4 de julho – um compromisso feito em meio à crescente preocupação global sobre picos acentuados nos casos de Covid-19 e mortes na Índia.  Em 17 de maio, Biden disse que os EUA doariam mais 20 milhões de doses – uma mistura de doses da Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson – até o final de junho.

O coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, disse nesta quinta-feira, 4, que o governo também está removendo as classificações de prioridade da Lei de Produção de Defesa para três vacinas ainda não autorizadas da AstraZeneca, Novavax e Sanofi porque os EUA estão confiantes em seu fornecimento de vacina.

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A administração de Trump encomendou 300 milhões de doses da AstraZeneca e 100 milhões de cada uma da Novavax e Sanofi, mas o desenvolvimento dessas vacinas ficou atrás de pioneiros globais como a Pfizer e seu parceiro BioNTech.

A equipe de Biden está sob pressão crescente de legisladores no Capitólio para acelerar seus planos de doação de vacinas, especialmente quando países como Índia e Brasil viram dezenas de milhares de pessoas morrerem de Covid-19 no espaço de apenas algumas semanas. 

As doações de vacinas complementam um esforço mais amplo da administração Biden para fornecer assistência humanitária à Covid-19 para o resto do mundo. 

A USAID está liderando os esforços para tentar identificar suprimentos que salvam vidas, como máscaras, luvas e componentes de oxigênio na cadeia de suprimentos, comprar os produtos e encontrar maneiras de enviá-los para países em todo o mundo.

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