O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu nesta segunda-feira, 25, a proibição de seu antecessor, Donald Trump, de pessoas transgênero sirvam nas Forças Armadas, anunciaram funcionários do governo. A mudança já era esperada, já que o presidente indicou em novembro que trabalharia para restaurar as proteções criadas durante governo Barack Obama, mas revertidas sob Trump.
Na presença do Secretário de Defesa, Lloyd Austin, e do Presidente do Estado-Maior Conjunto, General Mark Milley, Biden assinou um decreto presidencial para que “todos os americanos qualificados para servir nas forças armadas dos Estados Unidos devem poder fazê-lo”, informou a Casa Branca.
“Os membros do serviço que sejam transgênero não estarão mais sujeitos à possibilidade de missão ou separação por motivos de identidade de gênero”, diz o texto do decreto. O documento também “proíbe imediatamente separações involuntárias, dispensas e negações de realistamento ou continuação do serviço com base na identidade de gênero ou em circunstâncias relacionadas à identidade de gênero”.
Em comunicado, a Casa Branca afirmou que o presidente “acredita que a identidade de gênero não deve ser uma barreira para o serviço militar e que a força da América está em sua diversidade”.
Durante sua audiência de confirmação do Senado na semana passada, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, já havia demonstrado seu apoio à reversão. “Se você está apto e qualificado para servir e pode manter os padrões, você deve ter permissão para servir, e pode esperar que eu apoie isso durante todo o tempo”, disse na ocasião.
Grupos de direitos humanos imediatamente elogiaram a iniciativa de Biden.
“Hoje, aqueles que acreditam em políticas públicas baseadas em fatos e em uma defesa nacional forte e inteligente têm motivos para se orgulhar”, disse Aaron Belkin, diretor do Palm Center, uma organização apartidária que estuda questões militares LGBTQ+. “A administração Biden cumpriu sua promessa de colocar a prontidão militar acima da conveniência política, restaurando uma política inclusiva para as tropas trans”.
Para Erin Uritus, CEO da Out & Equal Workplace Advocates, uma organização de defesa da igualdade no local de trabalho, a medida é “um grande passo em direção à igualdade total para a comunidade LGBTQ e serve para nos tornar mais fortes como uma nação”.