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Batalha por Bakhmut avança e grandes perdas são relatadas dos dois lados

Cidade ucraniana tem pouco valor estratégico, mas é ponto de foco para entregar notícias positivas ao Kremlin, segundo analistas

Por Da Redação
Atualizado em 13 mar 2023, 15h47 - Publicado em 13 mar 2023, 15h47
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  • À medida que a batalha de Bakhmut avança, tanto a Rússia quanto a Ucrânia relataram grandes perdas em suas tropas. Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, as forças russas sofreram mais de 1.100 mortes nos últimos dias. Ao mesmo tempo, Moscou, que tenta tomar a cidade do leste ucraniano há meses, afirmou nesta segunda-feira, 13, ter matado mais de 220 militares ucranianos nas últimas 24 horas. 

    “Em menos de uma semana, a partir de 6 de março, conseguimos matar mais de 1.100 soldados inimigos apenas no setor de Bakhmut, uma perda irreversível da Rússia”, comentou Zelensky em um dos seus vídeos diários à população. Outros 1.500 soldados russos foram feridos gravemente o suficiente para mantê-los fora de ação, segundo o presidente. 

    Em contrapartida, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças russas mataram “mais de 220 militares ucranianos”.

    Diversos analistas dizem que Bakhmut tem pouco valor estratégico, porém se tornou o ponto de foco para os comandantes russos que lutam incansavelmente para entregar notícias positivas ao Kremlin. Com a tomada da cidade, a Rússia estaria mais perto de alcançar seu objetivo de controlar toda a região de Donetsk, uma das quatro anexadas em setembro passado. 

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    Atualmente, os comandantes ucranianos, que se comprometeram em defender a cidade, afirmam que a estratégia visa segurar as forças russas e impedir que Moscou lance novas ofensivas nos próximos meses. No entanto, a Rússia não está nem perto de desistir de conquistar o território.

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    De acordo com o comandante das forças terrestres da Ucrânia, o coronel Oleksandr Syrskyi, o grupo mercenário russo Wagner Group atacou as tropas em várias direções em mais uma tentativa de romper as defesas e avançar para os distritos centrais da cidade.

    No domingo, Syrskyi disse que a situação na cidade é “difícil, muito difícil, o inimigo está lutando a cada metro”. Para ele, “quanto mais perto do centro da cidade, mais feroz o combate”.  Após a captura de Bakhmut, o grupo de mercenários afirmou que novas pessoas da região vão ser recrutadas. Entretanto ,o Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank dos Estados Unidos, informou que o ataque de Moscou estava estagnado.

    “Os combatentes do Grupo Wagner provavelmente estão ficando cada vez mais presos em áreas urbanas e, portanto, acham difícil fazer avanços significativos”, disse.

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    Antes da invasão, cerca de 70 mil pessoas moravam na na cidade, conhecida por suas minas de sal. Nos dias de hoje, poucas pessoas permaneceram e aquelas que decidiram ficar arriscam as próprias vidas. O governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, afirmou que nesta segunda-feira, por exemplo, quatro civis ficaram feridos.

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