A primeira-ministra britânica Theresa May atribuiu neste domingo ao extremismo islâmico o atentado que deixou sete mortos, além dos três agressores, e 48 feridos em uma zona de bares de Londres. Três homens atropelaram com uma van os transeuntes na famosa London Bridge, antes de descer do veículo e esfaquear várias pessoas no Borough Market, em uma área de bares e restaurantes ao redor do mercado. A polícia matou os três homens oito minutos depois de receber o primeiro alerta sobre o incidente.
Após uma reunião extraordinária de seu comitê de segurança, May disse que “basta” e que “nós não podemos e nem devemos fingir que as coisas podem continuar como estão”. Ela afirmou que o país enfrenta “uma nova forma de ameaça”, na qual os autores dos atentados copiam uns aos outros. “O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato não com base em complôs cuidadosamente preparados, e sim copiando uns aos outros e utilizando os meios mais rudimentares”, disse May em Downing Street após a reunião.
Vencer a ideologia islamita “é um dos grandes desafios do nosso tempo”, completou, antes de ressaltar que a resposta não deve ser apenas realizar operações antiterroristas continuamente, e sim levá-la ao terreno das ideias e a internet “para evitar a propagação”.
Quase todos os partidos suspenderam a campanha eleitoral neste domingo, mas esta continuará “amanhã (segunda-feira) e as eleições gerais acontecerão como estava previsto na quinta-feira, 8 de junho”, disse May.
Terceiro atentado
O atentado aconteceu a quatro dias das eleições legislativas e foi o segundo no Reino Unido em menos de duas semanas, depois do ataque que deixou 22 mortos em Manchester em 22 de maio em um show da cantora Ariana Grande, e o terceiro em menos de três meses.
O ataque se parece com o executado em 22 de março perto do Parlamento, quando um homem atropelou várias pessoas na ponte de Westminster e depois esfaqueou um policial. Cinco pessoas morreram na ação terrorista.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou o atentado para pedir à justiça que retire o bloqueio a seu decreto que pretende proibir a entrada de pessoas de certas nacionalidades no país americano. Trump também ofereceu ajuda ao aliado europeu. “Tudo o que os Estados Unidos puderem fazer para ajudar Londres e o Reino Unido, estaremos lá. ESTAMOS COM VOCÊS. QUE DEUS OS ABENÇOE!”, tuitou Trump.
A chanceler alemã Angela Merkel expressou solidariedade e disse que “hoje estamos unidos além de qualquer fronteira pelo horror e o luto, mas também pela determinação”.
O presidente russo Vladimir Putin também condenou o atentado e expressou “profundos pêsames” ao povo britânico.
(Com AFP)