A base militar iraquiana de Al Asad, usada pelas tropas da coalizão dos Estados Unidos no país, foi atingida na noite desta terça-feira, 7. Pelo menos 12 mísseis balísticos foram lançados e pelo menos seis deles atingiram o local, de acordo com a imprensa internacional. Também foram disparados foguetes contra uma base americana em Erbil, no norte do Iraque. Ainda não há ainda confirmação oficial sobre vítimas.
De acordo com a agência de notícias iraniana Fars, o ato é uma retaliação do Irã ao ataque de um drone militar dos EUA que matou o principal comandante militar iraniano Qasem Soleimani, na última sexta-feira, 3. A operação “Martir Soleimani” foi executada pela Guarda Revolucionária do Irã à 1h20 (20h20 em Brasília), o mesmo horário do assassinato do general no último dia 2.
Em comunicado, a Casa Branca afirmou estar ciente dos ataques às instalações americanas no Iraque. “O presidente (Donald Trump) foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, diz o texto. A secretária de imprensa da Casa Branca acrescentou que Trump está “monitorando de perto a situação”, segundo o jornal The Washington Post.
Uma reunião do gabinete de crise foi convocada por Trump nesta noite para avaliar o ataque e uma possível resposta americana.A rede de televisão CNN informou que os secretários de Defesa, Mark Esper, de Estado, Mike Pompeo, e o chefe das Forças Conjuntas dos Estados Unidos, general Mark Milley, já ingressaram na Casa Branca.
O Departamento de Defesa sustentou que tomará as medidas necessárias para proteger as forças americanas. “Estamos trabalhando na avaliação dos prejuízos iniciais”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman por meio de comunicado.
O principal negociador nuclear do Irã, Saeed Jalili, que também é político e representante do Líder Supremo, postou no Twitter uma imagem da bandeira iraniana após relatos de ataques à base aérea de Al-Asad. Donald Trump fez o mesmo com a bandeira dos Estados Unidos logo após o ataque que matou Suleimani.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou o local em dezembro de 2018. Pouco depois, em março de 2019, ele afirmou que as tropas americanas permaneceriam na base para ‘apoiar’ o Irã após derrotarem o Estado Islâmico.