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Barcelona vive dia de greve em protesto contra ação policial

Cidades da Catalunha interrompem parcialmente serviços e pessoas saem às ruas para protestar contra ação de forças policiais no referendo de independência

Por Da redação
Atualizado em 3 out 2017, 16h55 - Publicado em 3 out 2017, 10h32
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  • Parte das escolas, universidades, comércio e pontos turísticos não abriu as portas em Barcelona nesta terça-feira, em protesto contra a violência policial que deixou centenas de feridos durante o referendo que ocorreu na Catalunha neste domingo. A greve foi convocada por sindicados pró-independência, e também afetou o transporte público de toda a região.

    Pontos turísticos importantes da capital catalã, como a Sagrada Família e o Mercado La Boquería, nos arredores de onde ocorreu o atentado terrorista, em agosto, não funcionaram ou tiveram a abertura parcial. A equipe do Barcelona anunciou também a participação na greve, e divulgou a informação de que nenhum funcionário, tanto da parte administrativa quanto jogadores de equipes profissionais e juvenis, compareceria  à sede do clube nesta terça-feira.

    O jornal La Vanguardia informa que, às 13 horas (hora local), 48 estradas da região continuavam com o trânsito interrompido por manifestantes. O transporte público em Barcelona não funcionará até às 17 horas  (hora local) e os serviços de ônibus de outras grandes cidades da Catalunha, como Girona e Tarragona, também estão paralisados, tal como os serviços no portos de Barcelona e Tarragona.

    Os protestos contra as forças policiais espanholas levaram milhares de manifestantes às ruas da capital. Diversas pessoas se reuniram em frente a prédios oficiais e gritaram “fora, forças de ocupação”, segundo o jornal El Pais. Na noite de segunda-feira, manifestantes se colocaram diante de hotéis que abrigam temporariamente oficiais da Polícia Nacional e Guarda Civil (instituições sob a jurisdição de Madri) em pelo menos três cidades para pedir a retirada dos oficiais. O prefeito de Pineda divulgou que os agentes deixarão a cidade hoje “por razões de segurança e para garantir o bem-estar do município”.

    “Comportamentos mafiosos”

    Em Madri, a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou nesta-terça-feira em declarações a jornalistas que o governo prepara medidas para encerrar os “comportamentos mafiosos” na Catalunha, onde a liberdade vem sendo “pisoteada”.

    Sem dar detalhes de quais seriam as medidas, Santamaria disse que o Executivo conversa com os diversos partidos sobre a atuação do governo central. Perguntada se Madri estuda evocar o artigo 155 da Constituição, que prevê a intervenção direta do governo central na região, a vice-presidente se limitou a a dizer que trabalha em medidas que  “protejam o povo da Catalunha”.

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