Para o agora ex-estrategista chefe dos Estados Unidos Stephen Bannon, o programa original do presidente Donald Trump acabou. “A presidência Trump pela qual lutamos e ganhamos acabou”, afirmou nesta sexta-feira, pouco antes de deixar o cargo na Casa Branca.
“Aquela presidência acabou. Se transformará em outra coisa”, disse ao jornal The Weekly Standart. “Haverá todo tipo de batalha, haverá dias bons e ruins, mas aquela presidência acabou.”
A partida de Bannon, protagonista da atípica campanha eleitoral de Trump, após ter sido nomeado diretor-geral da equipe em agosto de 2016, vai permitir ao novo secretário-geral da Casa Branca, o general John Kelly, reafirmar seu poder.
Contudo, apesar das declaração dadas aos The Weekly Standart, o ex-assessor garantiu em outra entrevista que continuará lutando por Trump. “Se há alguma confusão por aí, permita-me esclarecer: estou partindo da Casa Branca mas vou lutar por Trump contra seus adversários, no Capitólio, nos meios de comunicação e nas corporações americanas”, disse à Bloomberg News.
Bannon é considerado um dos mais controversos assessores de Trump por seus vínculos com a extrema direita. Muitos o acusam de envolvimento em movimentos nacionalistas brancos e de ter posições antissemitas. Com sua forma de agir e pensar, reivindicava uma ruptura com os políticos tradicionais e com os usos e costumes de Washington.
O homem de cabelos grisalhos e andar peculiar, que descreve a si mesmo como “um nacionalista econômico”, não durou muito mais que seis meses na administração de Trump. No começo da semana, o próprio presidente já tinha dado a entender que seu conselheiro estava em apuros.
O site Breitbart News, que o ex-assessor dirigiu antes de se unir à equipe de Trump, anunciou o regresso de Bannon como presidente executivo na tarde desta sexta-feira. O portal é muito seguido pelos grupos supremacistas e o próprio Bannon o descreveu como “uma plataforma da alt-right”, a autodenominada “direita alternativa”, marca mais jovem da ultradireita americana.
(Com EFE e AFP)