O balão gigante do “bebê Trump”, usando fraldas e segurando um telefone celular, está sendo usado nesta sexta-feira em frente ao Parlamento de Londres, como parte dos protestos pela primeira visita oficial ao Reino Unido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O balão inflável foi erguido por um grupo de manifestantes e deve flutuar na praça do Parlamento, adjacente ao emblemático edifício neogótico, pelas próximas duas horas. Na Avenida Whitehall, onde está localizada a sede do governo e vários ministérios, um robô da popular série britânica de ficção científica Doctor Who, também andava com uma peruca loira, para alegria dos manifestantes.
O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, defendeu hoje sua decisão de autorizar o voo do “bebê Trump”, criticado pelos conservadores, afirmando que não é seu papel censurar ou determinar se um protesto “é de bom ou mau gosto”.
O povo do Reino Unido como dos EUA iriam se “opor” à ideia de que “devemos deixar nossos direitos, privilégios e liberdades pois eles podem ofender um presidente” americano, acrescentou Khan, ao responder se seria grosseiro receber desta forma um presidente.
A visita de Trump e sua esposa, Melania, ao Reino Unido está sendo marcada por vários protestos, especialmente em Londres, cidade que o casal tenta evitar a todo custo para evitar a rejeição da população.
A visita
Nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos foi recebido em jantar de gala no Palácio de Blenheim pela primeira-ministra britânica, Theresa May. Mais de 1.000 manifestantes protestaram contra sua presença no país do lado de fora. Sua presença levou o governo britânico a organizar a maior operação de segurança no país desde os protestos contra a guerra do Iraque em 2003. Manifestantes já o esperavam na residência do embaixador americano em Londres, a Winfield House, onde está hospedado. O ex-primeiro-ministro Winston Churchill nasceu nesse palácio.
A maioria dos compromissos de Trump nos seus quatro dias de visita foi agendada para locais fora de Londres, de maneira a não expor o americano às manifestações programadas.