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Autoridades rivais na Líbia anunciam fim dos combates e pedem eleições

Fayez al-Sarraj, líder do governo apoiado internacionalmente, anunciou cessar-fogo; Aguila Saleh, líder do Parlamento rebelde, concordou com a paz

Por Da Redação
Atualizado em 21 ago 2020, 11h28 - Publicado em 21 ago 2020, 11h20
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  • O Governo de União Nacional (GNA), com sede em Trípoli e reconhecido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou nesta sexta-feira, 21, um cessar-fogo em todo território da Líbia e pediu novas eleições. O comandante rebelde Khalifa Hafter, que controla partes do leste do país, não respondeu de imediato ao pedido, mas aliados no Parlamento pediram pela paz e indicaram que um novo pleito podem acontecer.

    Fayez al-Sarraj, líder do GNA, pediu a realização “de eleições presidenciais e parlamentares em março do próximo ano, tendo uma base constitucional resultante do consenso de todos os líbios”, segundo um comunicado publicado no Facebook. Além disso, ele ordenou “a todas as Forças Armadas um cessar-fogo imediato e o fim de todas as operações de combate em todo o território líbio”, com objetivo de criar zonas desmilitarizadas em Sirte (norte) e na região de Joufra, mais ao sul, atualmente sob o controle de combatentes pró-Haftar.

    Por sua vez, Aguila Saleh, presidente do Parlamento com sede no leste do país, pediu que todas as partes respeitem “um cessar-fogo imediato e acabem com todos os combates em território líbio”.

    No comunicado de Saleh, porém, não é mencionada a desmilitarização de Sirte e Joufra. No entatno, o documento propõe a instalação de um novo governo em Sirte, local de nascimento do ex-ditador Muammar Khaddafi, então reduto do grupo Estado Islâmico (EI).

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    Imediatamente após a divulgação das declarações, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, cujo país considerou enviar tropas para a vizinha Líbia, saudou o anúncio das autoridades rivais.

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    “Saúdo as declarações do Conselho Presidencial da Líbia e da Câmara dos Representantes pedindo um cessar-fogo e o fim das operações militares em todo o território líbio”, disse Sissi em publicação no Twitter.

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    Desde a queda do regime de Muammar Khadafi em 2011, a Líbia está mergulhada em uma guerra civil entre o GNA e as forças leais a Haftar. O anúncio dessa sexta feito por Sarraj também pede pela expulsão de tropas estrangeiras dentro do país – ambos os lados possuem mercenários em suas fileiras.

    As forças de Haftar vem colhendo derrotas territoriais nos últimos anos. Em abril de 2019, o GNA conseguiu, com apoio turco, expulsar as tropas do comandante rebelde dos arredores de Tripoli. A Turquia, por sua vez, enviou à Líbia milhares de mercenários sírios para lutar contra as forças do leste do país.

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