As autoridades das Filipinas confirmaram nesta terça-feira (18) que o número de mortos deixados pelo tufão Mangkhut subiu para 74, enquanto que as equipes de resgate continuam os trabalhos de busca por dezenas de pessoas soterradas em uma mina abandonada devido aos deslizamentos de terra.
Há também 55 desaparecidos e 74 feridos devido ao maior tufão da temporada que no último sábado arrasou o norte da ilha de Luzon, segundo os últimos dados oficiais da Polícia Nacional.
Na segunda-feira (17), o jornal americano The New York Times já estimava que mais de 100 pessoas poderiam estar mortas após a passagem da tempestade.
A maioria das vítimas foi registrada na cidade de Itogon, província de Benguet, onde as fortes inundações e deslizamentos de terra sepultaram uma mina de ouro e quatro abrigos onde alguns mineiros e suas famílias viviam ilegalmente.
Com o progresso do trabalho de resgate, 39 mortes foram confirmadas, enquanto o prefeito de Itogon, Vitorio Palangdan, disse aos jornalistas locais que há ainda cerca de 65 pessoas desaparecidas, soterradas a aproximadamente 300 metros de profundidade.
De acordo com o prefeito, as autoridades tentaram retirar essas famílias antes da chegada do tufão, mas elas se recusaram a sair, achando que estavam seguras no local.
Por conta da tragédia, o Departamento de Meio Ambiente anunciou ontem a proibição das atividades de mineração ilegal em pequena escala em toda a região administrativa de Cordillera, onde Itogon está localizada.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, visitou ontem os familiares das vítimas de Itogon e entregou a cada um deles um cheque de 45.000 pesos filipinos (cerca de 34.000 reais), artigos de necessidade básica e ajuda para sepultar seus entes queridos no valor de 25.000 pesos (cerca de 1.900 reais).
Três dias depois da passagem do devastador Mangkhut – que nas Filipinas é chamado de Ompong -, mais de 20.000 pessoas ainda estão fora de suas casas, enquanto aquelas diretamente afetadas pelo tufão somam 590.000.
Depois de destruir o norte do arquipélago das Filipinas, a tempestade atravessou o Mar da China Meridional. Seu epicentro passou a uma centena de quilômetros do sul de Hong Kong, e ainda mais perto de Macau.
No domingo à tarde tocou o solo no sul da China e provocou duas mortes na província de Guangdong.
As autoridades ordenaram a saída de mais de 3 milhões de pessoas do sul da China e determinaram que dezenas de milhares barcos de pesca retornassem aos portos antes da chegada do tufão.
Em Hong Kong, o governo classificou os danos como “graves e importantes”. Mais de 300 pessoas ficaram feridas na passagem do tufão.
(Com EFE e AFP)