Um grupo de homens armados invadiu um posto de segurança em um vilarejo na província de Yala, no sul da Tailândia, e matou ao menos 15 pessoas, incluindo um policial, nesta quarta-feira, 6. Segundo as autoridades locais, um grupo separatista da região está provavelmente por trás do ataque.
Este foi o pior atentado isolado em anos em uma região instável, na qual uma insurgência muçulmana já matou milhares de pessoas na luta contra o governo central do país, na maior parte budista.
O grupo usou também usou explosivos na ação e, para fugir, os criminosos espalharam pregos pelas ruas para atrasar quem os perseguisse.
“Isto provavelmente é obra dos insurgentes”, disse o coronel Pramote Prom-in, porta-voz da segurança militar regional. “Este é um dos maiores ataques em tempos recentes.” Ninguém assumiu publicamente a autoria da ação, como é comum em ataques do tipo na região.
Uma insurgência separatista que atua há décadas nas províncias de maioria étnica malaia muçulmana de Yala, Pattani e Narathiwat já matou quase 7.000 pessoas desde 2004, segundo o Deep South Watch, um grupo que monitora a violência na região.
Muitos dos mortos no posto de segurança eram membros dos Voluntários da Defesa do Vilarejo, uma organização de vigilância comunitária. Acredita-se que os voluntários estavam fornecendo informações à polícia local e aos militares.
“Normalmente, os insurgentes não atacam estes voluntários do vilarejo porque são considerados civis, a menos que eles cruzem a linha e se tornem parte do aparato estatal”, explicou Don Pathan, especialista sobre política regional tailandesa à Reuters.
(Com Reuters)