O grupo terrortista Hezbollah confirmou neste domingo, 29, a morte de Ali Karaki, um dos principais líderes da organização que haviam sobrevivido aos ataques das forças militares israelenses ao Líbano. Essa é a segunda baixa significativa da organização. Na sexta-feira, o comandante do grupo, Hassan Nasrallah, também teve a morte anunciada por Israel.
Até agora, não houve manifestação oficial por parte do Hezbollah sobre sucessão em seu comando e nem sobre o funeral de suas lideranças. Segundo o jornal The New York Times, a ausência de uma retaliação em larga escala pelo grupo contra Israel levam a crer que ele está desmobilizado e com as comunicações comprometidas. Autoridades americanas, contudo, dizem que seria prematuro considerar que o Hezbollah foi derrotado.
Mais de um milhão de deslocados
Os ataques ao Líbano segeum pelo fim de semana. O exército de Israel informou que realizou nesse domingo “um ataque preciso” em Dahiya, área densamente povoada ao sul de Beirute. Vídeos que começam a circular mostram que bairos inteiros da capital do Líbano estão destruídos.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que até um milhão de pessoas podem ser deslocadas de suas casas devido ao conflito e reiterou seu apelo por um cessar-fogo. “O governo está fazendo todo o possível dentro de seus recursos limitados para administrar a crise crescente”, disse ele em comentários relatados pelo ministério da informação do país.
O Programa Mundial de Alimentos, da ONU, anunciou que iniciou uma operação de emergência para fornecer assistência alimentar para as pessoas ques tão em abrigos em todo o Líbano. “Uma aceleração adicional do conflito neste fim de semana ressaltou a necessidade de uma resposta humanitária imediata”, disse a agência.
Estima-se que cerca de 10% da população libanesa, composta por aproximandamente 5 milhões de pessoas, já deixaram sua casas em função da guerra.
(Com informações de The New York Times)