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Ataque ucraniano mata atriz russa que atuava na Ucrânia, diz teatro

Polina Menshikh estava se apresentando para soldados russos em Donbass, a 60 km da linha de frente; Kiev achou que era uma cerimônia premiação militar

Por Da Redação
23 nov 2023, 09h33

O teatro russo onde a atriz Polina Menshikh, de 40 anos, trabalhava disse nesta quinta-feira, 23, que ela foi morta devido a um ataque ucraniano enquanto se apresentava para soldados russos em um palco na região de Donbass, que reúne Donetsk e Luhansk, numa área controlada por Moscou no leste da Ucrânia.

Verificações independentes não puderam detalhar o incidente, mas autoridades militares de ambos os lados do conflito confirmaram que houve um ataque ucraniano na área em 19 de novembro. A televisão estatal russa, citando um investigador militar, afirmou que uma escola e um centro cultural foram atingidos por mísseis HIMARS numa aldeia na região de Donetsk, conhecida pelos ucranianos como Kumachove, a 60 km da linha da frente da guerra.

O investigador, que não foi identificado, disse que um civil, sobre o qual não deu mais detalhes, foi morto no ataque, mas não fez menção a baixas entre militares. O Ministério da Defesa russo não mencionou nenhuma vítima do ataque.

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Militares ucranianos afirmaram que suas forças atacaram o que identificaram como uma cerimônia de condecorações militares russa, tendo como alvo a 810ª Brigada de Infantaria Naval Separada da Rússia. O comandante Robert Brovdi disse numa publicação nas redes sociais que 25 pessoas morreram no ataque e mais de 100 ficaram feridas.

Imagens de vídeo em canais pró-Rússia do Telegram, não verificadas de forma independente, mostraram soldados assistindo a atriz cantando no palco com um violão. No meio da música, o prédio é subitamente abalado por uma explosão, que quebrou janelas, antes das luzes se apagarem.

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Brovdi, da Ucrânia, declarou que o ataque foi “vingança pela 128ª”, uma referência a um ataque russo neste mês contra soldados da 128ª Brigada Separada de Assalto de Montanha da Ucrânia, no qual 19 de seus soldados foram mortos.

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Comentando o ataque a Kumachovo, alguns blogueiros pró-Rússia expressaram raiva pelo fato de tantos soldados terem sido autorizados a se reunir em uma região que estava dentro do alcance de mísseis ucranianos.

“Parece que pessoas muito sábias pensaram e decidiram que, como o concerto estava a 60 km da linha de frente, nada poderia alcançá-lo – como se o inimigo não tivesse mísseis de longo alcance que pudessem atingir a retaguarda”, disse o influente canal do Telegram Rybar.

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