Homens armados atacaram a zona diplomática da cidade de Ouagadougou, em Burkina Faso, no continente africano, nesta sexta-feira, deixando ao menos sete mortos segundo os números oficiais. A agência AFP, no entanto, cita fontes de segurança que falam que o número de mortos pode ser entre 28 e 30.
Testemunhas disseram à agência francesa que os homens desceram de um carro e começaram a atirar contra pedestres antes de se dirigirem à embaixada da França. Outras pessoas falaram que houve uma explosão perto da sede do Estado-Maior das Forças Armadas, local da missão francesa, a aproximadamente um quilômetro do primeiro ataque, também no centro da capital. Os agressores teriam ateado fogo a um carro.
Segundo a embaixada da França, cinco homens armados teriam tentado invadir a sede diplomática sem conseguir, e começaram a disparar contra o prédio. De acordo os assessores do chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, a situação está sob controle na embaixada e no Instituto Francês, também localizado na capital.
Ainda não se sabe quem está por trás do ataque, mas o ministro da informação do país, Remis Fulgance Dandjinou, afirmou à uma TV estatal que há fortes indícios de terrorismo. Seis agressores teriam sido abatidos, segundo o ministro, quatro na embaixada da França e outros dois na sede do Estado Maior das Forças Armadas. Sete homens das forças de seguranças burquinenses também foram mortos.
Testemunhas disseram que os agressores teriam gritado “Allahu Akbar” (Alá é grande). O prefeito da cidade afirmou ao Le Monde que está considerando o ataque como motivação jihadista, mas não deu maiores informações.
De acordo com jornais e agências de notícias, tiros esporádicos ainda podiam ser ouvidos na capital e ainda há um agressor solto, informou a polícia.
Nos últimos anos, Ouagadougou foi palco de ataques extremistas contra locais frequentados por ocidentais. Os ataques de grupos jihadistas contra representantes de Estado (gendarmerias, escolas) são comuns no norte do país, na fronteira com Mali.
O norte de Burkina Faso foi cenário de ataques jihadista desde o primeiro semestre de 2015. Desde então, 133 pessoas morreram em 80 ataques, segundo balanço oficial.
(Com AFP e EFE)