Um ataque provocado por um homem-bomba em uma estação de trem na cidade de Quetta, no sudeste do Paquistão, matou pelo menos 26 pessoas e deixou cerca de 60 feridos. Dentre os mortos, 14 eram soldados, de acordo com a AFP. Segundo a agência Reuters, a polícia local informou que o homem pertencia a um grupo separatista da região. O Exército de Libertação Balúchi (BLA) assumiu a autoria do ataque.
Inspector-geral da polícia do Baluchistão, Mouzzam Jah Ansari disse a jornalistas que os alvos do homem-bomba seriam militares da Escola de Infantaria. O superintendente sênior de operações policiais, Muhammad Baloch, detalhou a ação do terrorista. Ele relatou que a explosão aconteceu dentro da estação quando um trem com destino para Peshawar estava se preparando para partir. Muitos paquistaneses que aguardavam o horário de embarque foram atingidos pelos escombros resultantes da explosão. Wasim Baig, porta-voz do hospital Sandeman, localizado na cidade, 46 integrantes das forças de segurança e 14 civis ficaram feridos por causa da explosão na plataforma.
A polícia ainda investiga o caso e não descarta a possibilidade de o ataque ter sido um atentado suicida. Pouco tempo depois do ataque, o BLA assumiu a autoria da explosão. O grupo separatista luta pela independência do Baluchistão, uma das províncias mais pobres do Paquistão, com cerca de 15 milhões de habitantes. A região é próxima ao Afeganistão e do Irã e é conhecida por ser marcada por uma série de conflitos entre grupos insurgentes compostos por minorias étnicas.
Reação
Para o BLA, o governo paquistanês explora injustamente os recursos disponíveis na província, como o gás natural e outros minerais. No fim de agosto, o grupo separatista assumiu a autoria de ataques simultâneos que mataram 39 pessoas, um dos piores já registrados no país. Após a explosão, o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, prometeu uma reação enérgica contra o BLA. “Eles pagarão um preço alto”, disse.