Um ataque do Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilha ativa da Colômbia, deixou ao menos nove mortos, sendo sete militares e dois civis, em uma base militar na zona rural do município de El Carmen. O evento violento aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 29, e também deixou outros oito militares feridos por estilhaços de explosivos.
Em publicação nas redes sociais, o presidente Gustavo Petro condenou o ataque, cometido por “aqueles que hoje estão absolutamente afastados da paz e do povo”. Além disso, anunciou a convocação de uma consulta à delegação do governo na mesa de diálogo com o ELN: “um processo de paz deve ser sério e responsável com a sociedade colombiana”.
O ministro da Defesa, Iván Velásquez, também repudiou o ataque em uma curta entrevista coletiva.
“Lamentamos este fato, que é um atentado à paz e à vontade que o governo nacional manifestou. O presidente acaba de chamar a declaração para a mesa de negociações. Ele convocou conversações para examinar isso, o que é um fato muito sério que lamentamos”.
O ataque desta quarta-feira é o mais mortal desde que Petro, o primeiro esquerdista à chegar à Presidência, foi empossado, em agosto passado.
O grupo guerrilheiro está em diálogo com representantes do governo desde novembro passado para colocar fim ao levante armado de quase seis décadas. Apesar de reuniões em Caracas e na Cidade do México, não houve um acordo de cessar-fogo. Uma terceira rodada de conversas irá acontecer em Cuba, mas ainda não há data marcada.