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Ataque aéreo israelense mata duas pessoas em Damasco, diz Síria

Tel Aviv não comentou o incidente; governo sírio virou alvo por ser um dos aliados do Irã, e tensão eleva risco da guerra em Gaza se expandir

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h07 - Publicado em 21 fev 2024, 08h50

A TV estatal da Síria e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmaram nesta quarta-feira, 21, que um ataque aéreo israelense atingiu um prédio residencial no distrito de Kafr Sousa, na capital do país, Damasco, matando duas pessoas.

Uma fonte militar, citada pela televisão, disse que o ataque ocorreu por volta das 9h40 (5h40 em Brasília) e também feriu várias outras pessoas. Segundo suas informações, os mortos eram civis.

A fonte militar alegou, porém, que o “ataque não atingiu os seus objetivos”.

O que aconteceu

Imagens da TV mostraram o edifício atingido, de vários andares, com a lateral carbonizada. O bairro abriga edifícios residenciais, escolas e centros culturais iranianos, e fica perto de um grande complexo fortemente vigiado, usado pelas agências de segurança. Segundo a TV estatal, testemunhas ouviram várias explosões consecutivas, que assustaram as crianças de uma escola próxima.

O distrito foi alvo de um ataque israelense em fevereiro de 2023 que matou especialistas militares iranianos.

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Tel Aviv não comentou o ataque, por enquanto.

“Eixo da Resistência”

A Síria faz parte da rede de aliados do Irã no Oriente Médio, que também inclui facções militares, como o grupo libanês Hezbollah. O presidente sírio, Bashar al-Assad durante, contou com o apoio de Teerã durante a guerra civil de quase 12 anos na Síria. Isso atraiu ataques aéreos israelenses regulares, com objetivo de restringir o poder militar dos iranianos fora de seu país.

Esses ataques aumentaram desde o ataque do grupo terrorista palestino Hamas contra Israel, em 7 de outubro, devido ao aumento da tensão regional. Mais de meia dúzia de oficiais da Guarda Revolucionária Iraniana foram mortos em supostos ataques israelenses contra Síria desde dezembro.

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Como resultado, segundo a agência de notícias Reuters, a Guarda reduziu o destacamento dos seus militares de alta patente na Síria e delegou às milícias xiitas aliadas o trabalho de preservar a sua influência no país.

O Irã, que também apoia o Hamas, tem tentado ficar de fora do conflito direto em Gaza e das suas repercussões. Isso apesar de apoiar facções no Líbano, Iêmen, Iraque e Síria que entraram na luta – o chamado “Eixo da Resistência”, cuja essência é ser contra o Estado judeu e anti-americano.

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