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Assessor de Trump se reúne com embaixador da Turquia em Washington

Depois de aplicar sanções e gerar turbulência nos países emergentes, Casa Branca aposta no diálogo sobre libertação de pastor americano

Por Da Redação
Atualizado em 13 ago 2018, 23h53 - Publicado em 13 ago 2018, 20h10
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  • Diante da turbulência na economia mundial com epicentro na Turquia, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, reuniu-se nesta segunda-feira com o embaixador turco em Washington, Serdar Kilic. Os principais temas da conversa foram a prisão do pastor americano Andrew Brunson pelo governo turco e as retaliações americanas.

    A crise da economia da Turquia aprofundou-se rapidamente desde o anúncio das sanções americanas, e sua situação provocou aversão dos investidores ao país e aos demais mercados emergentes, como o Brasil. A lira turca desvalorizou 25% em relação ao dólar desde o início do mês. No Brasil, o dólar fechou esta segunda cotado a 3,89 reais, depois de ter chegado a 3,92 reais.

    “Eles discutiram a prisão na Turquia do pastor Andrew Brunson e a situação das relações entre os Estados Unidos e o país”, limitou-se a dizer a porta-voz do governo americano, Sarah Sanders.

    Os Estados Unidos exigem de Ancara a libertação de Brunson, preso na Turquia há dois anos sob a acusação de terrorismo. Nas últimas semanas, o governo americano impôs sanções sobre dois ministros turcos e anunciou a duplicação das tarifas de importação para o aço e o alumínio da Turquia.

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou que não hesitará em responder se o governo americano seguir nesse caminho. Mas, na prática, está pedindo aos cidadãos para venderem os dólares e euros guardados no travesseiro para ajudar a recuperar o valor da moeda.

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    O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, declarou que o país fez o “suficiente” para superar as tensões com o governo de Donald Trump. “Estamos abertos à diplomacia e ao consenso. Mas aceitar imposições está fora de discussão”, disse Çavusoglu.

    O chanceler também falou sobre outro foco de tensão entre os dois países: o apoio da Casa Branca às milícias curdas na Síria. A Turquia considera os grupos como organizações terroristas. “Quanto aos assuntos que concernem à segurança do nosso país, os Estados Unidos tomaram uma posição distante de ser construtiva”, disse.

    Outro ponto de discordância é a recusa da Turquia em deixar de fazer comércio com o Irã, o que contraria a política americana de isolar Teerã por meio das sanções econômicas recém-aplicadas.

    (Com EFE)

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