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Argentina vive dia de greve geral contra ajustes e acordo com o FMI

Paralisação atinge transportes, postos de gasolina e bancos; movimentos sociais de esquerda cortarão as principais vias de acesso à capital, Buenos Aires. 

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h17 - Publicado em 25 jun 2018, 07h53
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    Sindicatos da Argentina paralisam o país nesta segunda-feira, 25, em uma greve geral contra o corte dos gastos públicos e o acordo do presidente Mauricio Macri com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A paralisação atinge o transporte publico, os postos de gasolina e os bancos. Movimentos sociais de esquerda cortarão as principais vias de acesso à capital, Buenos Aires.

    Com os trens, metrô, ônibus e aviões parados, os organizadores do protesto calculam que pelo menos um milhão de trabalhadores devem aderir à greve. “A greve é contra o programa econômico, para que se abandone esta linha de ajuste permanente. O FMI sempre trouxe penúrias aos argentinos”, diz Juan Carlos Schmid, dirigente da Confederação-Geral dos Trabalhadores (CGT).

    Como proposta concreta, os sindicatos desejam o reinício das negociações de ajustes salariais deste ano, para um alinhamento com a projeção de inflação, calculada agora pelo Banco Central em 27%. As negociações que aconteceram em sua maioria no início do ano utilizaram como referência a meta de inflação anual de 15%.

    Para tentar retomar o diálogo com os sindicatos, o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, afirmou desejar que as negociações salariais aconteçam livremente. “O governo está em uma conjuntura muito difícil, se encontra no menor índice de popularidade e enfrenta um forte questionamento do setor assalariado”, afirmou o cientista político Diego Reynoso, da Universidade de San Andrés, em Buenos Aires.

    Acordo

    Às vésperas das paritárias, as negociações entre sindicatos e empresários, as centrais sindicais tomam a paralisação como demonstração de força. Paralelamente, a paralisação ocorre cinco dias após o primeiro desembolso dos 50 bilhões de dólares que o FMI colocou à disposição do governo argentino.

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    A medida vale pelos próximos 36 meses e tem o objetivo de ajudar o país a superar a crise cambial e colocar as contas em ordem. Em troca do empréstimo, o governo se comprometeu a reduzir os gastos públicos e a inflação, que este ano deve chegar a quase 30%.

    Centrais sindicais prometem uma paralisação de 24 horas, que ganhou o nome de reação ao “brutal ajuste econômico” imposto pelo FMI. Para alguns setores da economia, o momento atual é comparado à crise de 2001, apontada como a pior da história recente da Argentina.

    Pressão

    O ministro Jorge Triaca, afirmou que a greve geral “não serve para coisa alguma, porque não vai resolver os problemas dos argentinos”. Segundo ele, o objetivo da gestão Macri é manter o diálogo com as centrais sindicais. O sindicato dos caminhoneiros ameaçou parar o país e voltou atrás, após conseguir aumento de 25%. Mas outras categorias não obtiveram o mesmo.

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    A Igreja Católica também divulgou um documento, apelando ao governo para não adotar políticas de ajuste que aumentem a desigualdade. Em nome do papa Francisco, que é argentino, religiosos apelaram para que o interesse social se sobreponha ao econômico.

    O governo e o próprio FMI têm ressaltado que o atual programa vai garantir a manutenção dos programas sociais, para proteger os “mais vulneráveis”.

    (Com Agência Brasil e AFP)

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