Manifestantes e policiais entraram em confronto nas ruas de Buenos Aires na última quarta-feira (11), após o Congresso da Argentina vetar uma lei que aumentava em 8,1% os salários dos aposentados.
O veto representa uma vitória do presidente do país, Javier Milei, que classificou o bloqueio como “um freio aos degenerados fiscais”.
Milei convenceu cinco deputados da União Cívica Radical (UCR) a mudar de posição e votar seguindo a vontade do governo, conquistando assim o terço necessário de votos para bloquear a proposta da oposição.
A sessão se estendeu por cinco horas e foi cercada de forte tensão dentro e fora do Parlamento.
O placar final teve 153 votos a favor da insistência na lei, 87 contra e oito abstenções. O bloco de oposição necessitava de 166 votos.
O governo de Javier Milei padece com fraca base de apoio no Congresso. Milei contou com o suporte de seu partido, o Liberdade Avança, e do Pro, coalizão liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019).
A lei de reajuste das aposentadorias é uma iniciativa da oposição peronista, incluindo ainda a Coalizão Cívica e o UCR.
Apoiados por grupos kirchneristas e centrais sindicais, milhares de pessoas se reuniram em frente ao Congresso para protestar
Logo após o encerramento da sessão, a polícia repeliu a presença dos manifestantes com gás lacrimogêneo e balas de borracha.