O governo da Argentina destituiu o chefe da Marinha, Marcelo Srur, no transcurso da investigação aberta após o desaparecimento do submarino ARA San Juan, há um mês.
O ministro da Defesa argentino, Oscar Aguad, solicitou ao Srur sua aposentadoria e designou um substituto interino, enquanto o responsável de submarinos da Marinha será encarregado da investigação.
Além dessa substituição, será formada uma comissão investigadora composta por três submarinistas, um deles o capitão Jorge Bergallo, pai do capitão de corveta Jorge Ignacio Bergallo, segundo comandante do ARA San Juan, um dos 44 tripulantes desaparecidos no submarino.
A comissão investigadora será independente do Ministério da Defesa, com orçamento próprio e ilimitado, “a fim de poder chegar à verdade do que aconteceu com o submarino”, indica o governo argentino.
Há um mês, o submarino estabeleceu sua última comunicação, enquanto viajava do porto de Ushuaia até sua base, na cidade de Mar del Plata. Atualmente, diversos navios de vários países continuam trabalhando nas buscas, a cerca de 400 quilômetros do litoral argentino.
Esta área foi delimitada em torno de uma região do oceano na qual várias agências internacionais registraram que tinha havido uma explosão horas depois do desaparecimento do submarino, perto de onde o contato com a embarcação foi perdido.