A mídia estatal do Irã pediu nesta segunda-feira, 28, que os Estados Unidos sejam expulsos da Copa do Mundo de 2022 depois que a federação de futebol americana mudou a bandeira iraniana em suas páginas de redes social para demonstrar apoio aos manifestantes anti-governo do país.
“Ao postar uma imagem distorcida da bandeira da República Islâmica do Irã em sua conta oficial, o time de futebol americano violou o estatuto da Fifa, para o qual uma suspensão de 10 jogos é a penalidade apropriada”, diz uma publicação no Twitter.
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A publicação, que já foi excluída, estava disponível nas redes sociais e mostrava a bandeira do Irã sem o emblema da República Islâmica, apenas com as cores branca, verde e vermelha. Em nota enviada à rede CNN, a federação disse que o objetivo era mudar a bandeira original por 24 horas em apoio às mulheres que lutam contra a repressão e por direitos humanos básicos – mas sempre planejou voltar à imagem correta.
“A mudança foi em uma única publicação. A bandeira oficial continua no nosso site e em outros lugares. O emblema já está de volta em todas as nossas mídias sociais”, diz o comunicado.
Também à CNN, o Departamento de Estado americano disse que não coordenou a mudança com a federação.
“Esperamos uma partida tranquila e competitiva dentro de campo. Os Estados Unidos continuam a encontrar maneiras de apoiar o povo iraniano diante da violência patrocinada pelo Estado contra as mulheres e uma repressão brutal contra manifestantes pacíficos”, disse o órgão.
Irã e Estados Unidos se enfrentam na terça-feira, 29, por uma vaga na próxima fase do torneio.
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Além da federação, o ex-técnico da seleção americana, Jurgen Klinsmann, também se envolveu em polêmica com a República Islâmica. Após a vitória da seleção iraniana por 2 x 0 sobre o País de Gales, ele criticou a atitude do país em relação ao futebol e aproveitou para atacar o treinador da seleção, Carlos Queiroz.
Klinsmann afirmou que o modus operandi do país é fazer com que os adversários percam o foco e a concentração no que realmente importa. Em resposta, Queiroz usou o Twitter para dizer que o ex-técnico da seleção americana foi desrespeitoso, se julgava superior e que suas falas eram uma vergonha para o futebol mundial.
“Como americano/alemão, entendemos sua falta de apoio. Sem problemas. E apesar de seus comentários ultrajantes tentando minar nossos esforços, sacrifícios e habilidades, prometemos que não faremos nenhum julgamento sobre sua cultura, raízes e antecedentes e que você sempre será bem-vindo à nossa Família”, escreveu.
Em comunicado, a federação de futebol iraniana pediu a exclusão de Klinsmann do Grupo de Estudos Técnicos do Catar 2022 na Fifa e exigiu desculpas imediatas sobre o assunto. Além disso, ele foi convidado a visitar o centro de treinamento onde está a seleção, em Doha, “para uma palestra sobre a cultura milenar persa e os valores do futebol e do esporte”.
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Em resposta, Klinsmann disse que iria ligar para Queiroz para acalmar e esclarecer as coisas.
“Tudo o que descrevi foi sua maneira emocional de fazer as coisas, o que é realmente admirável de certa forma”, amenizou o ex-técnico.