Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Após protestos, Cuba autoriza entrada irrestrita de alimentos e remédios

Legislação atual permite importação sem o pagamento de impostos de até 10 quilos de medicamentos, enquanto impõe maiores limites a alimentos

Por Da Redação 15 jul 2021, 12h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apoiadores do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, vistos em Havana. 12/07/2021
    Apoiadores do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, vistos em Havana. 12/07/2021 (Yander Zamora/Getty Images)

    O governo de Cuba autorizou temporariamente na quarta-feira, 14, a entrada sem restrições no país de alimentos, produtos de higiene e medicamentos trazidos por viajantes. A medida tem efeito já a partir da próxima segunda-feira e foi anunciada pelo primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, em uma aparente resposta às demandas de manifestantes que tomaram as ruas de diversas cidades do país no final de semana.

    A medida excepcional, aprovada com urgência pelo Ministério de Finanças e Preços, permanecerá em vigor pelo menos até 31 de dezembro, segundo o político.

    A atual legislação cubana sobre a entrada desses produtos com viajantes consiste em um complexo sistema de pontos e limites de peso que estabelece tarifas sobre itens em excesso. No caso de medicamentos, a importação comercial — sem o pagamento de impostos — é de até 10 quilos.

    Agora, segundo Marrero, não haverá restrições impostas pelo governo, nem mesmo por parte da alfândega. Os limites serão definidos pela companhia aérea.

    Continua após a publicidade

    A partir de segunda-feira, todas essas restrições serão eliminadas nos pontos de entrada em Cuba, exceto nos aeroportos de Cayo Coco e Varadero, disse o primeiro-ministro. Espera-se que o efeito desta medida seja relativamente limitado, pelo menos a curto prazo, já que, devido à pandemia de Covid-19, há poucos voos internacionais para Cuba.

    Como o número de voos para Cuba foi drasticamente reduzido, houve forte impacto em relação aos itens trazidos do exterior por pessoas físicas — que em muitos casos os comercializavam no mercado negro.

    No início de julho foram lançadas campanhas em Cuba e no exterior para coletar medicamentos e procurar formas de enviá-los para a ilha, que também está sofrendo seu pior momento quanto ao número de contágios por Covid-19 desde o início da pandemia.

    Continua após a publicidade

    O ponto também era uma demanda firme de acadêmicos em uma carta aberta enviada ao governo recentemente, em uma tentativa de contornar a crise que atinge o país, e de manifestantes nos protestos do último final de semana. 

    Aos gritos de “liberdade” e pedindo a renúncia do presidente Miguel Díaz-Canel, milhares de pessoas foram às ruas em diferentes cidades de Cuba, entre elas Havana, para protestar contra o governo neste domingo, 11. Na capital, as manifestações pacíficas foram interceptadas por forças da segurança e apoiadores do governo, ocasionando confrontos violentos e prisões.

    Foi a primeira vez que um grande grupo de cubanos saiu às ruas de Havana para protestar contra o governo desde o famoso “Maleconazo” de 1994, no meio da crise econômica do chamado “Período Especial”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.