Após ordem de Trump, imigrantes com visto são barrados nos EUA
Cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen estão proibidos de entrar no país pelos próximos noventa dias
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h19 - Publicado em 28 jan 2017, 14h09
O decreto do presidente Donald Trump para barrar a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos foi posto em prática imediatamente na noite de sexta-feira. Refugiados e imigrantes a caminho do território americano quando a ordem foi assinada foram barrados ao chegarem ao país, neste sábado.
O departamento de Segurança Interna confirmou que aqueles que possuem visto de residência, o green card, também estão sujeitos à medida. Cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen estão impedidos de entrar nos Estados Unidos ao menos pelos próximos noventa dias. Refugiados da Síria serão barrados por tempo indeterminado.
Dois cidadãos do Iraque com visto americano foram detidos ao desembarcarem em Nova York, na sexta-feira. Seus advogados entraram com processo judicial contra Trump e o governo americano, além de um pedido de habeas corpus para libertá-los.
Um dos iraquianos detidos era Hameed Khalid Darweesh, que trabalhou para o governo americano no Iraque durante 10 anos como tradutor e engenheiro. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq, estava indo aos Estados Unidos para se reunir com a esposa, que trabalha para uma empresa americana, e seu filho. Os dois foram liberados após 14 horas.
Detentores de “green card” terão de passar por aprovação para entrar nos Estados Unidos, com análise caso a caso, disse uma alta fonte da administração Trump neste sábado. A única exceção diz respeito a imigrantes e residentes legais cuja entrada nos Estados Unidos seja considerada de interesse nacional. Não está claro, porém, quando essa exceção será aplicada
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Pessoas com “green card” ou visto norte-americano que já estejam nos Estados Unidos poderão continuar no país, de acordo com essa autoridade federal.
Companhias aéreas de várias partes do mundo estão sendo notificadas para que impeçam passageiros atingidos pela medida de embarcar. A companhia holandesa KLM informou que recusou sete potenciais passageiros porque eles não seriam aceitos nos Estados Unidos diante da proibição imposta. A nacionalidade deles não foi informada.
A medida causou revolta em turistas árabes no Oriente Médio e no norte da África, que alegaram humilhação e discriminação. E foi duramente criticada por aliados dos Estados Unidos no Ocidente, como França e Alemanha, além de grupos árabes-americanos e organizações de direitos humanos.
No Cairo, cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram barrados no embarque de um voo da EgyptAir com destino a Nova York neste sábado, de acordo com fontes do aeroporto do Cairo. Eles foram redirecionados para voos com destino aos seus países de origem, apesar de terem vistos legítimos.
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