Os efeitos da erupção de um vulcão submarino na madrugada deste sábado, 15, que provocou um tsunami no sul do Pacífico, ainda são duramente sentidos no arquipélago de Tonga. A erupção ocorreu no vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, que fica localizado a 65 quilômetros ao norte da capital de Tonga, Nuku’alofa. Ondas de pouco mais de 80 centímetros foram registradas na cidade. Neste domingo, os serviços de telecomunicações no arquipélago continuavam prejudicados, impossibilitando o contato de moradores de Tonga com seus familiares e amigos de outras regiões. Ainda não há informações oficiais de mortos e feridos.
Ao todo, a população tonganesa gira em torno de 105.000 habitantes, que estão incomunicáveis. “A comunicação com Tonga continua muito limitada. E eu sei que isso está causando uma enorme ansiedade para a comunidade tonganesa aqui. Nuku’alofa está coberta de nuvens espessas de poeira vulcânica, mas as condições são calmas e estáveis”, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. “Há partes de Tonga onde simplesmente não estabelecemos comunicação”, acrescentou.
Em coletiva de imprensa, Ardern disse que ainda não conseguiu enviar um avião de ajuda para o arquipélago porque a nuvem de cinzas provocada pela erupção atingia 19.000 metros de altura, mas observou que espera tentar novamente nesta segunda-feira. Aviões de abastecimento e navios da Marinha neozelandesa também devem ser mobilizados. A distância entre Tonga e Nova Zelândia é de 2.383 quilômetros.
Segundo a Reuters, dentro da comunidade tonganesa na Nova Zelândia, há preocupação com a situação de parentes no arquipélago — algumas igrejas organizaram orações em Auckland e outras cidades. “Pedimos a Deus que ajude nosso país neste triste momento. Esperamos que todos estejam seguros”, disse Maikeli Atiola, secretário da Igreja Wesleyana de Tonga em Auckland, a uma rádio neozelandesa.
A erupção fez o Escritório Nacional de Emergências do Chile emitir um alerta de tsunami no país sul-americano neste sábado, 15.