O Ministério da Defesa da Rússia informou, nesta quarta-feira, 3, que 16.000 novos recrutas foram alistados em centros de recrutamento nas últimas semanas, na esteira do atentado terrorista nos arredores de Moscou que deixou 144 mortos e dezenas de feridos.
“Foi registrada alta significativa do número de pessoas que querem assinar contrato na última semana”, afirmou a pasta em comunicado publicado no Telegram. “No total, 16 mil cidadãos assinaram contratos para participar da operação militar especial nos últimos 10 dias”.
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O tempo citado pelo ministério coincide com o ataque à casa de shows Crocus City Hall, o mais mortal do país em duas décadas, reivindicado pelo Estado Islâmico. O presidente russo, Vladimir Putin, no entanto, afirmou que o ataque seria “obra de islamistas radicais” que queriam fugir para a Ucrânia, tentando envolver Kiev, que nega qualquer envolvimento. Autoridades ocidentais também afirmam que o ataque seguiu o modus operandi do grupo radical islâmico.
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No final de dezembro, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, traçou a meta de aumentar o número de “militares com contrato” em 745.000 pessoas até o final deste ano, chegando a um total de 1,5 milhão de soldados.
Do outro lado da guerra, Kiev também tenta aumentar seu efetivo. Nesta quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou uma lei que vai reduzir a idade mínima de recrutamento do país de 27 para 25 anos.
O parlamento ucraniano aprovou a medida em maio de 2023, afirmando ser “inapropriado” que “um número significativo de cidadãos” aptos para o serviço militar não pudesse ser convocado, mas Zelensky só a sancionou agora. Ainda não está claro quantos homens serão afetados pela mudança.
A medida ocorre ao passo que a Ucrânia luta para fortalecer seu exército após a guerra ter completado dois anos, em fevereiro.
No início desta semana, a agência de inteligência do Reino Unido divulgou um relatório que revelou que a Rússia possui um número significativamente maior de soldados e munições na linha de frente leste do que a Ucrânia – e é capaz de reabastecer as suas forças com 30 mil soldados por mês.