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Apagão de serviços de telecomunicações em Gaza completa uma semana

Interrupção impede que organizações humanitárias, como Crescente Vermelho Palestino, mantenham contato com equipes que prestam socorro aos feridos

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h17 - Publicado em 19 jan 2024, 14h36
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  • A organização de monitoramento de internet NetBlocks informou nesta sexta-feira, 19, que o apagão “quase total” das redes de telecomunicações atingiu a marca de uma semana na Faixa de Gaza. Na última atualização, o observatório indicou que a “perturbação” aos serviços é a “mais longa” desde o início da guerra entre Israel e o grupo palestino radical Hamas, em 7 de outubro, de forma a “limitar severamente a visibilidade” da situação no enclave palestino.

    “A interrupção ainda está em andamento no momento, sem nenhum sinal de restauração em nossa telemetria”, disse o diretor de pesquisa da NetBlocks, Isik Mater, à emissora de notícias americana CNN.

    https://x.com/netblocks/status/1748343939587805584

    Na última sexta-feira, 12, a companhia de telecomunicações palestina Paltel detectou os primeiros problemas na conexão, a partir das 16h23 no horário local (21h43 no horário de Brasília). No mesmo dia, a operadora confirmou a morte de dois dos seus engenheiros, Nader Abu Hajjaj e Bahaa Al-Rayes, que tentavam restaurar os serviços quando Israel lançou um novo ataque na região. 

    “Lamentamos anunciar que todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza foram perdidos devido à agressão em curso. Gaza está mais uma vez bloqueada”, disse a empresa em comunicado. 

    + Rebatendo Netanyahu, Abbas diz que ‘não há segurança’ sem Estado palestino

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    Fora do ar

    A primeira queda de internet foi registrada em 27 de outubro, com duração de 36 horas. Em novembro, foram relatadas mais três interrupções por horas. Em dezembro, os moradores de Gaza ficaram sem serviço em outros dois episódios.

    A falta de acesso à comunicação impede que organizações humanitárias, como o Crescente Vermelho Palestino, mantenham contato com as equipes que prestam socorro aos feridos, além de bloquear que jornalistas atualizem as notícias na Faixa de Gaza. A atual interrupção já ultrapassa 168 horas.

    “Longas horas de interrupção do serviço devido à agressão contínua na Faixa de Gaza. Quantos entes queridos perdemos? Quanto nos preocupamos com nossos entes queridos?”, escreveu a Paltel no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira.

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