A Alemanha anunciou nesta quinta-feira, 2, a adoção de um lockdown nacional para os não vacinados contra a Covid-19. Todos que se recusarem a tomar o imunizante serão impedidos de acessar serviços, comércios e eventos não essenciais.
A chanceler Angela Merkel afirmou ainda que o governo ainda estuda a possibilidade de tornar a vacinação mandatória a partir de fevereiro. A atual líder e seu futuro sucessor, Olaf Scholz, anunciaram seu apoio a um projeto de lei que será votado no Parlamento para formalizar a obrigatoriedade.
O governo alemão ainda não anunciou todos os detalhes sobre o lockdown, mas segundo Merkel os não vacinados serão barrados em lojas e eventos. Farmácias e supermercados, que se enquadram como serviços essenciais, permanecerão abertas a todos. Aqueles que tiveram Covid-19 nos últimos meses e já estão recuperados poderão acessar o comércio desde que apresentem algum tipo de comprovante.
“Cultura e lazer em todo o país estarão abertos apenas para os vacinados ou recuperados”, anunciou a chanceler nesta quinta.
A Alemanha enfrenta atualmente uma alta de casos e óbitos preocupante: nesta quarta-feira 1, o país registrou o maior número diário de mortes em nove meses. A taxa semanal de incidência da doença para cada 100.000 pessoas é de 442,9 pessoas. Em nenhum outro momento da crise sanitária tantos casos foram computados. Segundo Merkel, a situação da Covid-19 no país “é muito séria”.
A Áustria foi o primeiro país ocidental a tornar a vacinação mandatória para toda a população. A Grécia decretou a obrigatoriedade apenas para os maiores de 60 anos.