Multidões tomaram conta do Aeroporto Internacional Rafik Hariri, único terminal comercial operacional libanês, nesta terça-feira, 6, após uma série de países recomendar que seus cidadãos deixem o Líbano.
O motivo é o crescente medo de que a guerra entre Israel e o grupo islâmico radical Hezbollah se torne um conflito regional.
O aumento das tensões levou companhias aéreas a suspenderes voos de e para Beirute, incluindo a alemã Lufthansa, a Air France e a holandesa Transavia.
A alta demanda e o cancelamento das viagens levaram caos ao aeroporto.
Imagens nas redes sociais mostram filas longas e lotadas ao ponto de impedirem a circulação no local, enquanto carrinhos de bagagem estão com malas até o topo.
Embora congestionado, o estabelecimento funcionou normalmente, disse um representante do terminal à emissora alemã DW.
“Essas embaixadas foram claras sobre a necessidade de deixar Beirute no primeiro voo, o que causou pânico, pois os estrangeiros correram para viajar o mais rápido possível”, afirmou ele à DW.
“A crise piorou quando algumas companhias aéreas interromperam os voos para Beirute . Isso levou a um aumento na demanda por passagens para voos ainda em operação, o que fez com que os preços das passagens subissem.”
https://x.com/fl360aero/status/1820190653927878975
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‘Saiam agora’
A ordem de retirada, emitida por sete nações até o momento, ocorre uma semana depois da morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, e do principal comandante militar da facção libanesa Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute.
O grupo terrorista do Líbano é aliado dos militantes palestinos e financiado pelo governo iraniano. Entre os que instaram que seus cidadãos saiam do país o quanto antes estão Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Itália, Alemanha, França, Jordânia e Arábia Saudita.
Em comunicado, a Embaixada americana em Beirute aconselhou “aqueles que desejam deixar o Líbano a reservar qualquer passagem disponível para eles, mesmo que o voo não saia imediatamente ou não siga sua rota de primeira escolha”.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, alertou que “as tensões estão altas, e a situação pode se deteriorar rapidamente”, acrescentando: “minha mensagem aos cidadãos britânicos lá é clara – saiam agora”.