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A homenagem de Lula na Argentina ao antropólogo e educador Darcy Ribeiro

Autor tinha como pensamento fundamental a ideia de que o Brasil precisa se reinventar a partir de modelo próprio, sem seguir visão europeia ou americana

Por Caio Saad, de Buenos Aires
Atualizado em 24 jan 2023, 13h11 - Publicado em 24 jan 2023, 12h31
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    O presidente da Argentina, Alberto Fernández (dir.), ao lado do presidente Lula antes da abertura da cúpula da Celac, em Buenos Aires. 24/01/2023 (Luis Robayo/AFP)

    Além de destacar possíveis contribuições da América Latina para uma “nova ordem mundial pacífica”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira, 24, em Buenos Aires, para prestar homenagem ao antropólogo, educador, indigenista e gestor público Darcy Ribeiro.

    “Não poderia terminar sem homenagear um brasileiro extraordinário, que se dedicou a repensar nossa região quando uma comunidade latino-americana e caribenha ainda era uma miragem”, disse Lula. “Em outubro passado, Darcy Ribeiro, homem público e um dos nossos maiores pensadores, teria completado cem anos. Tendo vivido o exílio, nos anos 60 e 70, ele foi dos primeiros a falar da nossa unidade na diversidade. Essa Pátria Grande, e a apontar a contribuição civilizatória muito particular que a nossa região tem a dar para o mundo”.

    Além de vestir o fardão da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 11 de 1993 até sua morte, em 1997, Darcy é visto como um intérprete do Brasil, país que conhecia bem na teoria e na prática, desde o início da carreira, na segunda metade dos anos 1940, quando começou a trabalhar no Serviço de Proteção aos Índios (SPI), embrião da Fundação Nacional do Índio (Funai).

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    + América Latina pode ajudar em construção de ‘nova ordem mundial’, diz Lula

    No início dos anos 1960, depois de fundar a Universidade de Brasília (UnB), Darcy Ribeiro foi ministro de João Goulart, primeiro na pasta da Educação e, depois, na da Casa Civil. Após o golpe civil-militar de 1964, ele teve seus direitos cassados e se exilou no Uruguai. Retornou ao Brasil entre 1968 e 1969, período no qual foi enquadrado pela Lei de Segurança Nacional após a edição do AI-5, e acabou retornando ao exílio. No Chile e no Peru, trabalhou diretamente com os presidentes à época — o chileno Salvador Allende e o peruano Juan Velasco Alvarado — em projetos educacionais.

    Depois da anistia, voltou ao Brasil em 1979, quando aprofundou seu pensamento fundamental de que o Brasil precisa se reinventar a partir de um modelo próprio, sem seguir a visão europeia ou americana.

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