Quando se trata da temporada de furacões na Flórida, nos Estados Unidos, até mesmo os zoológicos precisam de um plano de proteção. Nenhuma tempestade seria capaz de tirar uma elefante do chão, mas pinguins, tartarugas ou lontras fatalmente seriam arremessados por ventos de mais de 200 quilômetros por hora.
Foi assim que um bando de mais de quarenta flamingos foram fotografados olhando em direção aos espelhos para banheiro masculino do zoológico de Miami. Em setembro de 1998, um grande furacão se formou na metade do Oceano Atlântico. Batizado de Georges, ele atingiu a categoria 4, e tirou mais 600 vidas em sua trajetória de destruição, de acordo com o livro Florida’s Hurricanes History (A história dos furacões da Flórida).
Georges causou estragos na República Dominicana, desacelerou nas proximidades de Cuba e recobrou as forças no clima quente nas proximidades da costa dos Estados Unidos. Quando chegou em Key West, boa parte da população já havia sido retirada.
No dia 28 de setembro, ele atingiu Miami. Repetindo um procedimento adotado seis anos antes, durante a passagem do furacão Andrew, os responsáveis pelo zoológico da cidade forraram o chão do banheiro com feno e lá colocaram as dezenas de flamingos para protegê-los.
Ao longo dos anos, o esquema de segurança mudou. O porta-voz do Miami Zoo, Ron Magill, afirmou ao jornal Miami Herald que os flamingos ficariam em um sistema de proteção feito de concreto e metal. O sistema improvisado do banheiro havia sido aposentado. “Eles estarão seguros”, garantiu Magill.