O número de pessoas que morreram durante os incêndios no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, subiu para 15 nesta terça-feira. Segundo as autoridades locais, o total de vítimas ainda pode aumentar nas próximas horas, enquanto o fogo se espalha por mais de 40.400 hectares, uma área equivalente a mais de um terço do tamanho do município de São Paulo.
Pelo menos 2.000 edifícios e casas foram destruídos pelas chamas de 17 incêndios diferentes que se alastraram por nove condados do norte do estado, uma região de muitas vinícolas. Nove pessoas morreram no condado de Sonoma, duas em Napa, três em Mendocino e uma em Yuba.
Segundo a porta-voz da Cal Fire, a agência americana responsável pelo atendimento ao desastre, os incêndios são “sem precedentes”. “Odeio usar este termo porque foi usado muitas vezes ultimamente por conta dos grandes incêndios dos últimos anos, mas dessa vez realmente é – causou muita destruição”, disse ao jornal The Guardian.
Cerca de 20.000 pessoas tiveram de deixar suas casas na região, incluindo centenas de idosos que moram em asilos. Escolas nos condados de Napa e Sonoma foram fechadas.
O escritório do xerife do condado de Sonoma informou que 150 pessoas estão desaparecidas. “Temos certeza que muitas dessas pessoas serão encontradas a salvo e reunidas com seus entes queridos, mas, infelizmente, estamos preparados para encontrar mais vítimas”, acrescentou o xerife.
O governador da Califórnia, Jerry Brown, declarou na segunda-feira o estado de emergência nos condados atingidos pelo fogo. Os incêndios começaram, por causas ainda desconhecidas, na noite de domingo, por volta das 22h locais (3h da segunda-feira em Brasília) e se alastraram a grande velocidade a partir do condado de Napa.
Os serviços de emergência da região informaram hoje que os fortes ventos que ajudaram o fogo a se propagar com rapidez perderam força, o que, junto com a queda das temperaturas, contribuiu para que os bombeiros progredissem em seus trabalhos para controlar os incêndios durante a última noite.