O desfecho do desaparecimento do técnico do Atlético Goianiense, Marcelo Cabo, se deu em um motel em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, na noite desta segunda-feira. A Polícia Militar confirmou que o treinador foi localizado dentro do estabelecimento, mas não quis divulgar detalhes sobre as circunstâncias em que Marcelo foi encontrado.
O comandante do policiamento da capital, tenente coronel Ricardo Rocha, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira e confirmou que o treinador estava bem. “Detalhes serão passados por ele”, destacou o militar. Nenhum dissabor e nenhum mal ocorreu a ele. Achamos que poderia ter sido um crime grave, de homicídio ou de latrocínio, mas ele está bem.”
A localização de Marcelo, que estava desaparecido desde às 3h02 de domingo, quando deixou o apartamento onde mora em seu carro, sem levar telefone celular e carteira, se deu por meio da informação de um taxista, que levou o treinador de volta ao seu apartamento, no meio da tarde desta segunda-feira. Após ser visto no local, Marcelo voltou a desaparecer.
Ele só foi localizado pela PM por volta das 20h desta segunda-feira. A polícia disse nesta segunda-feira “não ter competência” para dizer se Cabo estava sob efeito de drogas. O clube não garante a permanência do técnico.
“Não sou de crucificar ninguém. Vamos avaliar. Ele está liberado para se recuperar. O clube tem uma imagem e tudo tem limites. Em todos os momentos, esperamos a recuperação do ser humano, ele é uma pessoa que não tem o perfil do que aconteceu”, comentou o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista, em entrevista à Rádio 730.
A diretoria do clube deve convocar uma entrevista para que o técnico se explique. “O Atlético não vai expor ninguém. O clube vai tomar as decisões que forem necessárias. O único problema é que o Marcelo é uma pessoa pública. Precisamos ter equilíbrio neste momento”,
Aos 50 anos, Marcelo Cabo viveu seu melhor momento na carreira ao levar o Atlético-GO ao título Brasileiro da Série B em 2016, superando o favoritismo do Vasco, com uma campanha de 22 vitórias, 10 empates e apenas seis derrotas. Carioca, Cabo começou no Bangu, em 2004, e foi auxiliar de Marcos Paquetá na Arábia Saudita, além de comandar um clube dos Emirados Árabes. Além disso, trabalhou ao lado de Jorginho e Dunga na comissão técnica da seleção brasileira.
(com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)