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Técnico de Marrocos desabafa sobre falta de técnicos árabes na Europa

'É como se fossemos ignorantes', disse Walid Regragui, uma das sensações do Mundial do Catar, antes de encarar Portugal

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 dez 2022, 10h53 - Publicado em 9 dez 2022, 10h47
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  • Walid Regragui, técnico sensação do Mundial busca ampliar o feito histórico -
    Walid Regragui, técnico sensação do Mundial busca ampliar o feito histórico - (Alexander Hassenstein/Getty Images)

    DOHA – Walid Regragui, de 47 anos, é um dos destaques da Copa do Mundo do Catar. Nascido na França, no subúrbio de Paris, ele defendeu a seleção do Marrocos como atleta e hoje guia o país africano a sua melhor campanha em um Mundial. Neste sexta-feira, 9, véspera das quartas de final diante de Portugal, Regragui criticou a falta de oportunidades para treinadores árabes na elite europeia.

    “Essa é uma pergunta que tem que ser feita aos clubes europeus… Por que eles não contratam técnicos árabes? Talvez seja uma questão cultural, um aspecto de mentalidade…”, iniciou jovem técnico, que passou por FUS Rabat e Wydad Casablanca, ambos do
    Marrocos, e Al-Duhail, do Catar, antes de assumir a seleção marroquina, há apenas três meses.

    Em seguida, o treinador formado em Ciências Econômicas e Sociais, subiu o tom. “Hoje em dia, acho impossível que Manchester City ou Barcelona contratem um técnico árabe. Eles sequer cogitam isso. É como se a gente não fossemos bons o suficiente, ou como se fôssemos ignorantes ou incapazes de realizar essa tarefa”.

    “No entanto, há momentos na história que fazem as pessoas mudarem suas mentalidades. Cabe a nós, técnicos árabes, a tarefa de mostrar que estamos prontos”, completou. Nos tempos de atleta – era lateral-direito – passou por pequenos clubes da França, como Toulouse e Ajaccio, e da Espanha, como Racing Santander.

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    Regragui admitiu o orgulho por levar o pais de origem de sua família pela primeira vez a esta fase, mas deixou claro que a missão não está cumprida. “Sempre mantivemos os pés no chão. Claro que é ótimo ver as pessoas tão felizes por nós, mas estamos aqui para competir. O mais importante é ganhar o jogo de amanhã e escrevermos nossos nomes nos livros de história.”

    A história foi feita no Catar: festa dos jogadores marroquinos no gramado do Education City -
    A história foi feita no Catar: festa dos jogadores marroquinos no gramado do Cidade da Educação – (Ricardo Corrêa/Placar)

    “Quanto mais longe a gente for nesse torneio, melhor será para nosso povo. Temos que entender que já alcançamos algo grande, mas que ainda não é o bastante. Não podemos parar aqui”, acrescentou. “Já surpreendemos algumas pessoas, alguns algoritmos que não esperavam que passássemos pela Espanha. Ainda não estamos felizes, queremos mais”, finalizou.

    O treinador assumiu a seleção marroquina em agosto, depois que o bósnio Vahid Halilhodžić foi demitido por conflitos com a federação e com a estrela do time, Hakim Ziyech, do Chelsea, a quem havia barrado. Marrocos e Portugal jogam sábado, 10, às 12h (de Brasília), no estádio Al Thumama.

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