Por uma diferença de menos de um ponto, Tatiana Weston-Webb ficou com a prata no surfe feminino nos Jogos de Paris, mas abre um novo capítulo da história olímpica brasileira, nesta segunda-feira 5. A brasileira fez 10,33 (5,83 + 4,50), enquanto Caroline Marks, dos Estados Unidos, atual campeã mundial, somou 10,50 (7,50 + 3,00) em Teahupoo, no Taiti.
A medalha inédita para o Brasil segue a conquista do bronze no masculino por Gabriel Medina.
Filha de um surfista inglês e uma bodyboarder brasileira, não tinha muito como Tatiana cair em um caminho muito diferente. Nascida em Porto Alegre, mas criada no Havaí desde os dois meses de idade, a surfista entrou na lista dos grandes nomes do esporte em 2015, quando entrou para a elite do surfe ao vencer World Women’s Qualifying Series, espécie de divisão de acesso à categoria principal. Quando subiu de “divisão”, recebeu o prêmio de Rookie of the Year, dado à melhor novata.
Muito de sua confiança pode ser atribuída a seu pai, que “rotineiramente remava com ela na grande Hanalei Bay” quando criança, permitindo que ela não se intimidasse pelas consequências, disse a atleta em entrevista ao site da Liga Mundial de Surfe (WSL). Em 2016, já ganhou o seu primeiro evento do Circuito Mundial, vencendo a etapa em Huntington Beach, nos Estados Unidos.
Tati competiu nos Jogos de Tóquio, mas foi eliminada nas oitavas de final pela japonesa Amuro Tsuzuki por uma diferença de apenas apenas 1,33 ponto.