Miguel Hidalgo, de 24 anos, terminou a prova do tiatlo masculino em décimo lugar, completando o percurso em 1h44min27s. Com a marca, ele supera a histórica campanha de Sandra Soldan nos Jogos de Sidney, em 2000, que ficou em 11º lugar.
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Hidalgo passou a linha de chegada menos de um minuto atrás de Leo Bergere, da França, que marcou 1h43min43s. A prata ficou com Hayden Wilde, da Nova Zelândia, e o ouro com Alex Yee, do Reino Unido.
Manoel Messias, outro brasileiro na competição, encerrou a prova na 45ª posição.
A competição de triatlo em Paris foi cercada de polêmicas e um adiamento. No domingo, o treino de natação dos atletas de triatlo chegou a ser cancelado por faltas de “garantias suficientes para permitir a realização do evento”. Já na segunda-feira, organizadores anunciaram o adiamento para esta quarta por conta da qualidade da água, pós novas análises detectarem índices de poluição acima do estabelecido pela World Triathlon, órgão que rege o esporte.
Dados fornecidos pela Fluidion, uma empresa de tecnologia que está testando a qualidade do Sena diariamente, mostraram um grande aumento de E. coli, indicador de material fecal, no sábado em comparação aos dois dias anteriores, sobretudo por conta da chuva que caiu em Paris e levou sujeira da rua para dentro do rio.
As autoridades francesas já gastaram 1,4 milhão de euros (cerca de R$ 8,4 bilhões, na cotação atual) ao longo da última década para limpar o Sena. Além de melhoras no sistema de esgoto de Paris, foram construídas novas instalações de tratamento e armazenamento de água.
Contudo, com o aumento das chuvas, as redes de águas residuais costumam ficar sobrecarregadas. Alguma instalações de esgoto são antigas – datam do século XIX –, e por isso despejam os dejetos no rio.