Irmão vinga irmão: a derrota de Calderano no tênis de mesa
O dono da bola no jogo que valeu o bronze foi o francês Félix Lebrun
A trilha sonora do duelo pelo bronze olímpico no tênis de mesa, em Paris, variava entre “allez le bleus”, que vem embalando os atletas franceses, e “Félix, Félix, Félix!” A cada ponto marcado por Félix Lebrun, que aos 17 anos tem fã-clube em escala nacional, a arquibancada delirava. Até a criançada para tudo para vê-lo em ação.
Foi neste ambiente de poucas camisas verde e amarelas que o brasileiro Hugo Calderano, 28 anos, saiu sem medalha, depois de ser esmagado por um placar de 4 a 0. Não só os acertos de Félix, mas os erros de Calderano davam gás à torcida. Partida de meia hora e fim.
Arrasado, o carioca de trajetória espetacular desabou em choro e se disse decepcionado. “Sempre me entrego nas partidas”, falou.
ELES SÃO DOIS
O menino de 17 anos que joga com um par de óculos redondo caiu nas graças francesas junto com o irmão mais velho, o também mesa-tenista Alexis Lebrun, de 20 anos. Nas oitavas de final, foi a vez de Calderano derrotar Alexis, decepação para quem apostava nos dois irmãos no páreo. Aí Félix não perdoou.
Os irmãos Lebrun, cujo pai também se destacou no pingue-pongue (sim, pode chamar assim) teve ascensão meteórica. Em 2022, não apareciam nem entre os 750 melhores do mundo – hoje estão no top 50. Considerado o melhor deles, Félix ocupa a quinta posição no ranking mundial. Calderano, em sexto, já andou vencendo o garoto-prodígio. Mas não foi desta vez.