Os Correios, empresa estatal que é a maior patrocinadora da natação brasileira, vão rescindir o contrato com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) após as prisões do ex-presidente Coaracy Nunes, do diretor-financeiro Sérgio Lins de Alvarenga e do coordenador do polo aquático, Ricardo Cabral. Eles foram detidos na operação Águas Claras, da Polícia Federal, que investiga denúncias de superfaturamento, fraude, falta de repasses de recursos a atletas e outros delitos.
“Parceiros da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos há mais de 20 anos, os Correios lamentam os últimos acontecimentos envolvendo essa entidade. Para a estatal, já havia sido uma decisão difícil reduzir o patrocínio à CBDA em 2016 por questões orçamentárias, uma vez que esse investimento objetiva apoiar atletas de ponta e também implantar projetos sociais pelo Brasil. Agora, em razão do impacto negativo e do desgaste à imagem da empresa, os Correios estão tomando as medidas legais cabíveis e previstas contratualmente para rescindir o atual contrato de patrocínio, cuja vigência seria pelo período 2017/2019”, disse a empresa em nota.
Depois da Olimpíada do Rio de Janeiro, os Correios renovaram o vínculo com a CBDA por dois anos, no valor de R$ 11,4 milhões. A entidade chegou a pagar R$ 48,7 milhões pelo biênio 2015/2016, mas precisou reduzir o repasse por causa da crise econômica que afeta o Brasil.
A parceria entre Correios e CBDA estava perto de completar 26 anos. Nesse período, a natação brasileira conquistou dez pódios em Jogos Olímpicos, 162 medalhas em Pan-Americanos e 27 em Mundiais das modalidades nado sincronizado, maratona aquática, polo aquático e saltos ornamentais, além da própria natação.
(Com Gazeta Press)