Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Corinthians tem recorde negativo de público. De quem é a culpa?

Má fase do time, crise econômica, horário ruim e trapalhadas da diretoria ajudam a explicar a presença de apenas 11.708 torcedores na arena

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h43 - Publicado em 16 fev 2017, 12h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ver arquibancadas do Itaquerão vazias deixou de ser uma novidade já no fim do ano passado, com a má campanha do Corinthians no Brasileirão. No entanto, a fuga de torcedores chegou a seu momento mais preocupante nesta quarta-feira, na vitória por 1 a 0 sobre o Novorizontino, pelo Campeonato Paulista.

    Apenas 11.708 pessoas pagaram ingresso para ver o gol solitário do zagueiro Pablo, o pior púbico da história da Arena inaugurada em 2014, gerando renda de pouco mais de 473.000 reais. Ao fim da partida, atletas lamentaram a ausência de torcedores. Mas afinal, de quem é a culpa pela fuga da conhecida “fiel torcida”?

    O horário da partida certamente se uniu ao momento de desconfiança dos torcedores. O jogo começou às 19h30, horário de pico do trânsito e pouco convidativo para quem não vive na zona leste da cidade. O fato de ter jogado em casa no último sábado – e de ter perdido de maneira constrangedora para o Santo André, por 2 a 0 –, certamente também não ajudou.

    O momento de crise econômica do país também é apontado pela direção do clube como uma das principais explicações. Com dificuldades para pagar as contas, os cidadãos tendem a cortar os gastos com “lazer” – ainda mais quando a ida ao estádio deixa de ser propriamente uma diversão.

    Em 2015, ano do hexacampeonato nacional e com diversos ídolos no time, o Corinthians levou mais de 33.000 torcedores de média em sua arena, a melhor marca do país. Em 2016, o Corinthians foi novamente o campeão das arquibancadas, com 30.336 de média, segundo levantamento do Globo Esporte, mas perdeu para o rival Palmeiras nos jogos do Brasileirão (pouco mais de 28.000, contra 32.000 do campeão nacional).

    Continua após a publicidade

    Nem mesmo o número de 11.000 torcedores chega a ser uma tragédia, sobretudo se tratando de um jogo do desinteressante Campeonato Estadual – o bom clássico entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, por exemplo, teve público ainda menor – e é provável que, caso a equipe melhore seu rendimento, a fiel volte a comparecer. O problema maior é a necessidade do Corinthians de pagar as dívidas do estádio, o que só ocorrerá com a renda das partidas.

    Recentemente, o Corinthians chegou a um acordo com a Caixa Econômica Federal para retomar o pagamento das mensalidades da arena a um novo custo, de 2 bilhões de reais. Com o novo contrato, o clube vai demorar mais tempo para quitar o estádio, mas arcará com um valor mensal menor. O valor da renda dos jogos é usado integralmente no pagamento da dívida. 

    O Corinthians até reduziu levemente o preço de suas entradas em 2017, mas não o suficiente para trazer de volta o torcedor. Para o jogo contra o Novorizontino, os ingressos mais baratos, que antes rondavam os 60 reais, custavam 40 (arquibancada norte) e 54 reais (arquibancada sul). Os setores mais caros, que estavam praticamente vazios, saiam por 178 reais, nos assentos oeste-inferior.

    Continua após a publicidade

    O clube mantém a posição de que a única forma de obter bons descontos é participar do programa de sócio-torcedor. De acordo com dados do Torcidômetro, o Corinthians tem o maior número de associados do país, com mais de 135.000 parceiros. No entanto, o clube vem falhando na estratégia para reconquistar seus fanáticos apoiadores, a começar pela montagem do elenco.

    A sequência de demissões de treinadores e a amadora e frustrada negociação com o marfinense Didier Drogba foram reflexo da atual administração do clube, que vive um racha político, com direito a processo de impeachment do presidente Roberto de Andrade. O “bando de loucos” pode ajudar e muito, mas o Corinthians precisa fazer sua parte.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.