A trama se complica cada vez mais para Daniel Alves, 40 anos, ex-jogador da seleção brasileira acusado de estupro de uma jovem de 23 anos, na Espanha. O defensor, que atuou pelo Barcelona, Juventus, Paris Saint-Germain e São Paulo, está preso na detenção Brians 2, nos arredores de Barcelona, aguardando o veredito do julgamento que durou 3 dias e foi encerrado na semana passada. Em entrevista a um programa de variedades espanhol, TardeAR, um companheiro de cela do ex-atleta disse que ele planejava fugir para o Brasil caso tivesse liberdade provisória decretada.
A reportagem completa foi ao ar neste sábado, 17, com trechos da conversa com a equipe do TardeAR e a revelação de quem seria o delator. Na sexta, 16, foi exibida apenas uma prévia, em que se destacou uma parte importante da entrevista com o detento. Com a voz mascarada por meio de recurso tecnológico, o entrevistado disse claramente: “Se derem liberdade provisória a esse sujeito enquanto aguarda julgamento, ele pega e vai para o Brasil em definitivo”. Como os países não têm tratado de extradição, ele estaria em segurança por aqui.
Durante o ano que passou na prisão, os advogados de Alves pediram várias vezes liberdade provisória para seu cliente. Na argumentação, listavam as raízes dele com a cidade — foram mais de 8 anos jogando pelo Barcelona, em duas passagens — e a intenção de defender sua inocência em liberdade. Três vezes entraram com o pedido, e três vezes viram negada a concessão. Nas negativas, a falta de tratado de extradição, o alto poder econômico do acusado e o alto risco de fuga foram determinantes para que ele nunca obtivesse o privilégio legal.
O que pode acontecer?
Alves pode ser condenado a uma pena de até 9 anos em regime fechado e a pagar uma indenização de 150 000 euros por violência sexual contra uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate luxuosa da capital catalã, a Sutton.