DOHA – Principal destaque da seleção brasileira na boa estreia na Copa do Mundo do Catar, diante da Sérvia, o atacante Richarlison reconheceu ter vivido uma noite apagada no triunfo por 1 a 0 contra a Suíça nesta segunda-feira, 28, no estádio 974. O principal fator, segundo avaliação do próprio jogador: a ausência do atacante Neymar, em recuperação de uma lesão ligamentar lateral no tornozelo direito, junto com um pequeno edema ósseo.
“Com certeza [senti falta do Neymar]. Eu, que sou o camisa 9, preciso dele para abrir os espaços, para poder me achar ali na frente. Acho que o Neymar faz falta em qualquer jogo, para qualquer time ou qualquer seleção. Ele faz muita falta, espero que ele volte logo para eu poder guardar também”, disse, em entrevista ao final do confronto.
“Não sei se vocês (jornalistas) já viram as estatísticas, mas eles (suíços) têm a melhor defesa da Europa. É uma equipe muito boa, que vai buscar a classificação na última partida. Infelizmente, a bola chegou pouco para finalizar hoje, mas gente buscou, correu e batalhou na frete”, completou.
Segundo o site de estatísticas Sofascore, o atacante ficou em campo por 73 minutos sem finalizar nenhuma vez sequer ao gol defendido por Sommer. Ele teve duas tentativas bloqueadas, mas tocou poucas vezes na bola – só cinco passes no jogo, dois deles errados.
Nos duelos disputados, venceu três de quatro pelo chão e um único pelo alto contra os defensores suíços.
Em sua estreia em Mundiais, Richarlison fez uma partida inesquecível. Atuou por 79 minutos, marcou dois gols – um deles de meia-bicicleta – finalizou duas vezes a gol e acertou 12 de 16 passes.
“Não é só porque eu fiz dois gols que as cobranças estão vindo agora. As cobranças vem sempre, desde quando eu vesti essa camisa pela primeira vez. Não muda nada, vou continuar trabalhando firme na frente para, se a bola chegar, conseguir guardar”, amenizou.
Já classificado, o Brasil encerra a sua participação na primeira fase diante da Camarões na próxima sexta-feira, 2, às 16h (de Brasília), no estádio Lusail. Para o confronto, há chances de Tite poupar alguns jogadores.
“Vai depender do Tite [a minha escalação]. Se ele me colocar para jogar, vou jogar, vou dar a vida. Não sei o que ele vai fazer ainda, mas, independente de quem jogar, vai honrar a camisa porque aqui todo mundo trabalha sério no dia a a dia para quando chegar a oportunidade estar preparado. E eu vou buscar, né, fiz dois gols na primeira partida”, concluiu o camisa 9.