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USP, Unesp e Unicamp caem em ranking internacional de educação

USP continua a melhor entre as brasileiras, na 15ª posição; Unicamp, que ficou em 40º lugar, perdeu sete posições; Unesp caiu para a 166ª colocação

Por Da Redação Atualizado em 15 jan 2019, 17h15 - Publicado em 15 jan 2019, 17h03
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  • A Universidade de São Paulo (USP), a Estadual de Campinas (Unicamp) e a Estadual Paulista (Unesp) perderam posições no ranking que mede o desempenho de instituições de países emergentes. É o que mostra a lista, divulgada nesta terça-feira, 15, da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das principais em avaliação do ensino superior no mundo,

    A USP continua na melhor colocação entre as universidades brasileiras, na 15ª posição. No ano passado, estava em 14º e, desde 2017, não alcança o top 10 das universidades com os melhores desempenhos. Em seguida vem a Unicamp, que ficou em 40º lugar, perdendo sete posições em relação a 2018. A Unesp caiu para a 166ª colocação (em 2018, estava em 162º).

    Enquanto isso, outras universidades brasileiras ganharam destaque. É o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que saiu da faixa de 201-250 e subiu para a 119ª posição, com melhoras em todos os indicadores, e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que subiu 23 posições, chegando à 127ª colocação.

    O ranking de economias emergentes da THE analisou quase 450 universidades de 43 países, em quatro continentes. O levantamento feito pela revista britânica é uma das principais referências em reputação acadêmica. Trinta e seis instituições brasileiras aparecem no estudo – mais do que no ano passado, quando o país tinha 32. Mesmo assim, dezessete universidades brasileiras perderam posições no levantamento divulgado nesta terça.

    Para Ellie Bothwell, editora global de rankings da THE, o cenário brasileiro é de estagnação. A publicação britânica indica que o desempenho do país está ligado a cortes financeiros. “Como em muitos países da América Latina, o setor de ensino superior do Brasil está sofrendo sérios efeitos colaterais dos contínuos cortes de financiamento”, apontou Ellie.

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    Também há maior competitividade. “Outras economias emergentes estão avançando em um ritmo mais acelerado, à medida que cada vez mais as vemos posicionando as instituições no centro de suas estratégias nacionais de crescimento econômico”, disse Ellie. A China é a nação que conquista as melhores posições na tabela (4 das 5 primeiras) e tem a melhor representação: 72 instituições chinesas aparecem no ranking.

    A primeira colocada da lista é a Universidade de Tsinghua, que tomou o lugar ocupado pela Universidade de Pequim no ano passado. Entre as trinta primeiras, também aparecem universidades russas, sul-africanas, turcas, indianas, entre outras.

    THE

    O ranking de Economias Emergentes da revista britânica THE usa os mesmos treze indicadores de desempenho analisados no ranking geral de universidades, que avalia 1.000 instituições ao redor do mundo. Para a análise dos países emergentes, no entanto, esses indicadores são calibrados para refletir o contexto das universidades pesquisadas.

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    São levadas em consideração áreas como ensino (o ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, rendimento e reputação); citações (influência de pesquisa); perspectiva internacional (equipe, estudantes e pesquisadores); e rendimento da indústria (transferência de conhecimento).

    Reação das universidades

    De olho nos rankings internacionais, as universidades estaduais paulistas estão criando “núcleos de inteligência” para monitorar a própria performance acadêmica. Esses núcleos são escritórios ou comissões que fazem a ponte com as agências responsáveis pelas principais avaliações e dão dicas práticas a pesquisadores sobre como melhorar a visibilidade das publicações científicas.

    De modo geral, USP, Unesp e Unicamp têm boas posições ante as demais universidades da América Latina, mas ainda estão bem longe do topo de rankings mundiais, ocupado pelas elites britânica (como Oxford) e americana (Stanford, por exemplo). Também perdem para nações emergentes, como mostra o levantamento da THE, divulgado nesta terça-feira.

    (Com Estadão Conteúdo)

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