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“O professor é a chave do ensino online”, diz ‘pai’ do Google Sala de Aula

Segundo Zach Yeskel, gerente de produto do Google For Education, é preciso superar a falta de conectividade para proporcionar um ensino híbrido eficiente

Por Jana Sampaio Atualizado em 12 ago 2020, 19h39 - Publicado em 12 ago 2020, 19h10
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  • Nos idos de 2012, quando o Google Sala de Aula foi lançado, o professor Zach Yeskel, considerado o ‘pai’ do aplicativo e gerente de produto do Google For Education, costumava dizer que o dispositivo permitiria que os alunos estudassem de qualquer lugar e proporcionaria aos professores tempo para se concentrarem apenas na missão de ensinar. Passados seis anos, a ferramenta alcançou seu ápice de usuários – são mais de 100 milhões de acessos diariamente – e seus criadores se viram diante de novos desafios: como garantir que a tecnologia facilite o aprendizado em vez de se tornar um obstáculo aos que não estão habituados a usá-la?

    Entre as soluções encontradas pelo Google estão a inclusão de recursos como “mão levantada”, lista de tarefas para que os alunos saibam quais serão seus próximos compromissos e até uma ferramenta capaz de localizar possíveis plágios na internet e entre trabalhos de outros estudantes. “A pandemia trouxe várias adversidades que nos mostraram a importância de ter um ambiente fácil de usar e ferramentas que facilitem o engajamento”, disse Yeskel a Veja.

    Os lançamentos foram apresentados no evento global The Anywhere School (A Escola em qualquer lugar, em tradução livre), que reuniu especialistas e educadores como Salman Khan, da Kahn Academy, João Alegria, gerente do laboratório de Educação da Fundação Roberto Marinho, e Yeskel, entre terça, 11, e quarta, 12. Ao todo, mais de 50 recursos e funcionalidades para ferramentas de ensino à distância foram anunciadas.

    A partir de agora será possível gravar as aulas para que os educadores a compartilhem com quem não puder estar em sala no dia e na hora marcados, incluir legendas simultâneas em português, francês, espanhol e alemão, além de um aplicativo que promete oferecer um jeito rápido e fácil de distribuir, analisar e dar notas para a produção dos alunos e, com isso, economizar tempo. “O professor é a chave do ensino online e esperamos que nossas ferramentas possam ser úteis para eles. Nada representa mais o sucesso de um professor do que o aprendizado de seus alunos”, diz Yeskel.

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    Há ainda novidades de controle e moderação, os quais permitem que o professor seja o primeiro a entrar em sala e o único a poder aprovar, remover e silenciar os participantes. Segundo Yeskel, a medida foi adotada para que os professores consigam controlar a sala de aula e evitar episódios de cyberbulling, em crescimento não só no Brasil, mas no mundo todo. “Uma forma de ajudar a melhorar a interação é possibilitar, ao mesmo tempo, salas de estudo para grupos pequenos e a possibilidade de reunir todos os alunos em um único ambiente de aprendizado”, afirma.

    Em setembro, o formato mosaico apresentará até 49 pessoas na tela, além de receber um quadro branco que permitirá a colaboração entre os participantes. No mês seguinte serão inseridos na ferramenta cenários de fundo sob medida ou embaçados para aumentar a privacidade mesmo quando a câmera está ligada. Para o gerente de produto do Google Education, a falta de conectividade e de engajamento ainda são os maiores problemas enfrentados nesse momento.

    Segundo ele, é preciso que os governos atuem para reduzir as desigualdades educacionais que a falta de acesso à internet gera. “É interessante ver que as expectativas sobre a tão falada escola do século XXI tenham sido reformuladas com a crise de Covid-19. A lição que fica é que o mundo continuará evoluindo e nos desafiando e a educação sempre se adaptará às novas necessidades”, diz. Que assim seja.

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