O Ministério da Educação pretende quadruplicar o número de participantes do Pisa, o Programa Internacional da Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês, mantido pela OCDE, a entidade que reúne as maiores economias do mundo.
Atualmente, cerca de 10 000 alunos brasileiros participam do teste, em 2025, quando deve acontecer a nova edição, o número deve chegar a 40 000, segundo apontou o ministro Camilo Santana, nesta terça-feira, ao comentar os dados do exame.
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A intenção da pasta é fazer com que cada estado tenha parâmetros próprios para balizar as políticas públicas na área.
“É preciso ter uma amostra maior para garantir os resultados por estado, para que cada governador possa ter o retrato do seu estado e possa traçar suas estratégias para melhorar a qualidade da educação”, disse Santana
O MEC também anunciou que pretende avançar na melhoria da formação de professores. Recentemente, o ministério lançou uma portaria proibindo que os cursos de licenciaturas sejam oferecidos totalmente na modalidade de Educação à Distância.
Outras políticas elencadas como sendo importantes para a reversão da estagnação da educação brasileira, escancarada mais uma vez no PISA 2022, foram a alfabetização na idade certa, a ampliação da escola em tempo integral, a reforma do Ensino Médio e o pagamento de bolsa para alunos de baixa renda que permanecerem matriculados no último ciclo escolar.
Dados de 2022
O Brasil registrou piora nos indicadores e voltou a figurar mal no Pisa, o Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, na sigla em inglês. O teste, mantido pela OCDE, a organização que reúne as nações mais desenvolvidas do mundo, é o principal parâmetro internacional de qualidade da educação e avalia as habilidades dos alunos de 15 anos nas áreas de matemática, leitura e ciências.
Na edição de 2022, os jovens brasileiros apresentaram desempenho ligeiramente pior em todas as notas, em relação à edição de 2018:
- Em matemática, a nota foi de 384 para 379
- Em leitura, ela caiu de 413 para 410
- Em ciências, oscilou de 404 para 403
A performance está na rabeira da registrada pelos 81 países que participaram da rodada de avaliação e bastante distante da média, que é considerada uma espécie de nota de corte para se atingir a excelência nos níveis de ensino: 472 em matemática, 476 em leitura e 485 em ciências. Confira os dados completos aqui.