O WhatsApp decidiu manter a atualização dos termos de uso do aplicativo e vai impor sanções aos usuários que não aceitarem as novas condições até o dia 15 de maio. Antes, a aceitação era obrigatória para continuar a acessar o aplicativo. Agora, os usuários que não concordarem com a mudança ficarão impedidos de ler e enviar mensagens, mas ainda poderão receber ligações e notificações por algumas semanas. A mudança vale para usuários do mundo todo, com exceção do Reino Unido e dos países da União Europeia, que estão em pé de guerra com as chamadas Big Techs e ficarão de fora dessa atualização.
Nova Política do Whatsapp
Algumas pessoas já receberam a nova carta da companhia que informa as modificações e as penalidades a quem não aceitar a nova política. Informações como geolocalização, número de IP, dados de atividade, foto de perfil, lista de contatos, carga de bateria, marca, modelo e operadora de celular, além de transações financeiras realizadas na plataforma, poderão ser usadas pela companhia para melhorar o suporte e aprimorar os anúncios nos aplicativos do grupo, como Facebook e Instagram.
Nos lembretes enviados aos usuários, a companhia reforça que não apagará nenhuma conta, e que mensagens e conversas pessoais continuam protegidas pela criptografia de ponta a ponta. “O WhatsApp não apagará sua conta. Entretanto, você não poderá usar alguns recursos até aceitar essa atualização. Por um curto período, você ainda poderá receber chamadas e notificações, mas não poderá ler nem enviar mensagens pelo app”, informa a empresa. “Nosso compromisso com sua privacidade continua exatamente o mesmo. Suas conversas pessoais são protegidas com a criptografia de ponta a ponta. O WhatsApp não pode ler nem ouvi-las”.
Prevista inicialmente para entrar em vigor em 8 de fevereiro, a atualização foi adiada pela companhia em função de críticas da comunidade internacional e pela debandada de usuários para aplicativos concorrentes, como Signal e Telegram. Em dado momento, o WhatsApp chegou a ser ultrapassado em número de novos downloads. Vale lembrar que a empresa já tem acesso à maior parte dos dados a que pede autorização agora. A nova política de privacidade do grupo vai contra a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor no Brasil desde setembro de 2020. Pela legislação, é o usuário quem deve decidir quais dados devem ou não ser compartilhados com os desenvolvedores.