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Ex-ministro do Trabalho Walter Barelli morre, aos 80 anos, em São Paulo

O economista estava internado havia três meses; ele foi deputado federal pelo PSDB e comandou o Dieese por 23 anos

Por da Redação
Atualizado em 19 jul 2019, 17h46 - Publicado em 19 jul 2019, 11h51
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  • O economista e professor Walter Barellli, 80 anos, morreu na noite de quinta-feira, 18, em São Paulo. Ele estava internado havia três meses no hospital Sírio Libanês em estado de coma, em decorrência de uma queda, e morreu de falência de múltiplos órgãos. Barelli foi ministro do Trabalho, de 1992 a 1994, durante o governo de Itamar Franco, e secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, de 1995 a 2002, nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

    O velório será na tarde de hoje na cripta da Catedral da Sé, a partir das 15h. No sábado, 20, às 10h, haverá uma missa no local e, em seguida, ocorrerá o enterro no cemitério Gethsêmani Anhanguera.

    Doutor em economia, também foi deputado federal pelo PSDB em São Paulo, no mandato de 2003 a 2007 – eleito por suas idéias de melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Além disso, atuou por 23 anos, de 1967 a 1990, como diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Professor universitário da Unicamp, formou-se em economia e fez pós-graduação em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP).

    Barelli defendia a blindagem dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servico (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), destinados ao trabalhador, além de mais recursos para a profissionalização dos jovens e a livre atuação do movimento sindical. 

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    As bases do Fórum Nacional de Relações do Trabalho foram construídas durante sua gestão no Ministério do Trabalho. Como membro da Frente Parlamentar de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, participou de caravanas em apoio às iniciativas para diminuir a burocracia e os juros, facilitar a capitalização e o desenvolvimento desses empreendimentos.

    Em São Paulo, foi responsável pela implantação de dois programas destinados à população de baixa renda e aos micro-empreendedores: as Frentes de Trabalho para desempregados e o Banco do Povo Paulista, que fazia empréstimos com taxas de juros a 1% ao mês. 

    Filho de um mecânico de manutenção e de uma tecelã, foi também militante na universidade e bancário. Barelli é autor de “O Futuro do Emprego” e “Distribuição Funcional de Renda nos Bancos Comerciais” e coautor em diversas publicações. Viúvo, Barelli deixa os filhos Suzana, Paulo e Pedro e cinco netos.

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