No início de 2020, um vírus desconhecido alarmou o mundo com o seu alto potencial de contágio e também um poder de paralisar a economia. A China, epicentro inicial do novo coronavírus, sofreu com a queda da atividade econômica no primeiro trimestre do ano passado, indicando o tamanho do impacto da Covid-19. Passado um ano, o PIB chinês registra agora um crescimento recorde, no primeiro trimestre: 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O dado, em grande parte, ocorre devido à base de comparação reduzida, quando houve paralisação das atividades do país, mas também mostra um grande poder de reação da segunda maior economia do mundo. No primeiro trimestre do ano passado, o tombo foi de 6,8%, mas, ao fim de 2020, a economia chinesa cresceu 2,3%.
A força da economia chinesa neste início de ano já havia sido demonstrada com os números da balança comercial do país. Tanto as exportações como importações bateram recorde. Os resultados, aliás, são positivos para o Brasil, que tem na China seu maior parceiro comercial. A alta demanda por commodities como soja e minério de ferro são positivas em um momento de recuperação econômica por aqui.
Os dados do governo chinês apontam que esse foi crescimento mais forte desde 1992, quando começaram os registros. No quarto trimestre do ano passado, a alta foi de 6,5%. Recuperado dos impactos da Covid-19, o país asiático projeta avanço de 6% este ano, mas economistas veem um crescimento maior. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta alta de 8,4%.
Com o resultado do PIB chinês e, principalmente, a força dos resultados do primeiro trimestre, o mercado financeiro chinês fechou em alta nesta sexta-feira. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,4%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,8%.
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