Três grupos apresentaram propostas para comprar 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobras. Além da franco belga Engie, que teve exclusividade para negociar os termos do contrato com a Petrobras, o fundo Mubadala e um consórcio capitaneado pela Itaúsa voltaram para a disputa. O resultado deve sair entre esta quarta-feira, 3, e sexta-feira, 5.
O valor do negócio está em torno de 8 a 9 bilhões de dólares (até 34 bilhões de reais, aproximadamente).
A venda da TAG é considerada estratégica para a estatal, que está em processo de desinvestimento. Quando concretizada, a transação será a maior já realizada pela empresa. O presidente da companhia, Roberto Castello Branco, chegou a estimar que a petroleira movimente até 38 bilhões de reais.
A TAG detém uma rede de gasodutos de cerca de 4.500 quilômetros de extensão, nas regiões Norte e Nordeste.
Pelas regras definidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a venda de ativos da petroleira -que foi assessorada pelo banco Santander- tem de obedecer duas etapas. Na primeira, a estatal escolheu a melhor proposta, que foi da Engie, com quem negociou o contrato. Após essa fase, a Petrobras tem de abrir o processo para os concorrentes que fizeram propostas menores.
Entre a primeira e a segunda fase do processo, a formatação dos consórcios mudaram. A Engie se associou ao fundo canadense Caisse de Depot e Placement du Quebec (CDPQ) e a Itaúsa com outro canadense: o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB). Na primeira fase, o grupo da família Setúbal estava com o banco australiano Macquarie.
Em junho do ano passado, depois de a Petrobras escolher a Engie para ter exclusividade nas negociações, uma liminar suspendeu o processo. As conversas foram retomadas em janeiro, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou a decisão.
(Com Estadão Conteúdo)